Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Revelações - Capitulo 03

Na: Está ficando cada dia mais difícil fazer algo por aqui. Alguém suspeita de minha pessoa, temo que tenha que usar um user fantasma para continuar com isso. Alguém avisou um administrador, estou correndo contra o tempo em busca de alguém muito importante. Como alguém seria capaz de sumir com alguém que era inocente?
Estou aflita.
Por favor: Não comente sobre isso. Há um assassino entre nós.
Estão desaparecendo users, a lista tem aumentado a cada dia, se esconda. Fuja…
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Capitulo 03 – A reunião

Eu estava desconfortável. Como se eu tivesse apagado no sofá da sala de estar após uma noite de ressaca. Sabe quando você sai com um bando de colegas pra uma noitada e faz todas?
Só felicidades ao outro dia.
Só ali você se lembra de que não deveria ter dito que era apaixonada pelo professor de química e que por isso era aluna nota máxima. Porque seus amigos jamais esquecerão. Muito pelo contrário. O farão saber e ele ainda senta com você após a aula pra explicar que a vê como filha e que ama a esposa.
O fato é que bebida e eu não combinávamos.
Quer me fazer contar meus maiores segredos??
Dois dedinhos de álcool dão conta do recado!
Hahahaha.
Mentira. Claro que não, mas você entendeu a ideia.
Eu sentia uma dor de cabeça e minhas mãos e pés estavam com cãibras, como se eu houvesse dormido por cima deles.
Eu tentei abrir meus olhos. Mas eles estavam pesados demais.
Eu estava tendo um pesadelo.
Eu estava em casa e estava chovendo. Eu estava com tanto medo que inclusive destrui o abajur caríssimo de minha nobre mãe, e isso só podia ser um pesadelo porque ela iria me matar.
Eu pensei que ele fosse um alien.
Pena que não, eu poderia ter faturado algo. Era o telefone tocando. Algum doido havia sequestrado meus pais. E exigia que eu dissesse onde uma tal de Fenana estava e que entregasse a ele um tal de diagrama do infinito.
Meu coração doeu ao me recordar. Meus pais.
E ainda haviam aparecido três pessoas de uma hora para outra em minha casa dizendo que eram do PDL.
PDL era um site de Livros. Não uma ONG de defesa ou coisa parecida.
Eu me lembro que a de cabelos vermelhos estava irada comigo. Por alguma estranha razão eles pareciam se importar com essa tal de Fenana.
Será que eram procurados pela policia.
Não se preocupe, eu me disse, isso é só um pesadelo. Abra os olhos e acorde. Só isso.
Eu os abri.
Abri e fechei várias vezes. Estava escuro, eu mal conseguia me enxergar. Eu estava sobre algo macio que supus ser um colchão.
Era debatível. Oops. Eu quase havia caído. E cair sinceramente no escuro, considerando a situação era idiotice, porque nunca se sabe se tem cacos de vidro, cobras venenosas ou até mesmo um alarme que dispare algo.
Estava silencioso.
Agora que eu pensava nisso eu podia ouvir a leve respiração de alguém próximo a mim. Estava dormindo. Eu sabia porque as vezes tinha insônia, leia-se quase sempre, e via quando todo mundo dormia, isso desde pequena. A respiração muda.
Será que eu conseguiria achar uma porta?
E se eles fossem me matar? Bom, pela birra da ruiva eu sabia que eles me manteriam viva até que Fenana fosse devolvida. Ou que eu desse algo a eles. Algo que eu não tenho realmente comigo. Ou faço a menor ideia do que seja.
Eu sou horrível em termos de informática.
Meu coração batia rápido e forte. Como se quisesse me dizer o quão em perigo eu poderia estar. Meu cérebro tentava encontrar uma saída pra poder encontrar meus pais e uma grande parte de mim rezava para que aquilo tudo não passasse de um pesadelo.
Meus pés estavam livres, exceto por…
Droga. Eu murmurei. Eu estava amarrada com quem quer que estivesse ali comigo.
E se ele fosse um assassino do mesmo cara que levou meus pais?
E se fosse um estrupador?
Fala sério. Era questão de honra sair dali. Eu não iria morrer virgem ou deflorada por um assassino.
Ah. Qual é?
Vai retrucar tudo o que eu disser?
Motivo bobo esse?!
Porque não é você!
- É melhor nem pensar… - a voz disse monotamente enquanto eu tentava me desprender.
- Você vai.. vai… - eu disse com a voz saindo entrecortada.
- Te matar? – eu juro que podia notar uma nota de amargor na voz – Bem que eu queria…
Eu gelei.
- Pensas que não vais nos ajudar?
- Eu penso que vocês são um bando de malucos.
- Bem vinda ao club então… - a voz sorriu abertamente.
De repente a luz se acendeu e eu vi onde eu estava e com quem. Eu realmente tinha sorte por estar viva. Era a garota ruiva da noite anterior. E ainda dizia que éramos parecidas em loucura?
- Que foi? Queria hotéis de Luxo? – Ela disse sarcástica e eu reparei que estava em um quarto de uma casa. Era quase parecido com o meu, com exceção de mais organizado e com menos quinquilharias.
- Eu… - eu disse mais calma.
- Espero que se acostume pois pode passar um bom tempo aqui.
- Fui sequestrada?
- Pode considerar dessa forma – ela disse desamarrando-nos. – Nem pense em fugir por isso. Estamos no 10º andar e a não ser que seja suicida…
Eu engoli em seco. Ela tinha uma cara de poucos amigos e saiu pela porta logo em seguida me deixando ali com meus pensamentos. Eu me sentei na cama, estava horrível. Deveria ter apagado, aquele idiota me apagou de propósito.
Eu poderia fazer greve de fome, ficar dias sem tomar água. Bom quanto a água em menos de 3 dias eu morreria desidratada, e eu tinha meus pais, mas quanto a comida, umas três semanas? Seria isso?
Deixa de paranóias Flora, você não é maluca e nem suicida. Eles é que são, não você.
Eu olhei no quarto em busca de algo, havia um banheiro ao menos.
Fiquei ali pelo que parecia ser uma eternidade sem nada fazer ao certo. Por mais que eu pensasse em saídas o meu cérebro traidor se recusava a colaborar. Tudo o que eu pensava ele se recusava a seguir.
- Flora? – a baixinha me chamou da porta – Você não vem jantar?
- E eu não estou presa? – eu puxei o meu melhor tom sarcástico. Ela me olhou com uma careta.
- A porta esteve aberta.
- Ah, e eu devia presumir pelas minhas amarras!
- Você está amarrada? – ela disse confusa – Pode deixar que terei uma conversinha com Thais…
- Não, mas eu estava quando acordei…
- Err.. Não sabíamos se você tentaria escapar e estávamos cansados… - ela disse calmamente entrando no quarto. – Não temos a intenção de fazer mal a você…
- Oh Claro. Eu só estou presa. – eu disse fingindo pensar muito – Fui tirada de casa contra a minha vontade, estou presa em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas… Eu devo assumir que são as pessoas mais amigáveis do mundo?
- Eu te disse que ela era nervosinha… - o homem da outra noite disse rindo da porta. Qual era a piada que eu havia perdido?
- Ouro, maneiras sim?
- Você é boazinha demais Fraulein.
- Você é Fraulein? – Eu não deixei de soltar uma exclamação surpresa.
- A própria! – ela sorriu. Era ela que me boicotava! – Que, que você acha que eu já fiz?
- Você excluiu textos meus! – eu acusei.
- Exclui? – ela olhou pro tal de ouro da porta. Ele começou a rir novamente.
- Meus textos no NE.
- Ah. Desculpa Flora, mas eu sigo regras.
- Oh novidade! – eu disse meio chateada. – Essa não é sempre a resposta?
- Você é contra regras? – ela disse confusa.
- Sou! Desde que elas só se apliquem a mim, sou sim contra as regras. – eu disse exasperada. Fraulein me olhava como se eu fosse de outro mundo e o tal de ouro se acabava de rir na porta… Ouro.. Não me era estranho, ah não… - Isso aqui é Trote do NE?
- Como?
- Acho que ela inalou éter demais… - Ouro disse da porta.
- Você é o tal de Ouroboros e você Fraulein, correto?
- Sim.
- Ao seu dispor! – Ouro fez piada. Ô vontade de fazer aquele sorrisinho sair da cara dele.
- São supervisores NE, logo, vocês fingiram a ligação para meus pais e me pregaram uma peça. – Eu disse feliz e com um sorriso no rosto. Como eu não pensara nisso antes?
- acho que você tinha razão – Fraulein disse rindo de algo com Ouroboros.
- Geralmente eu tenho… Mas sobre que dessa vez em particular?
- Sobre Flora ser divertida…
- E anarquista.
- Hei! Eu estou aqui ainda – eu disse indignada.
- Não podemos nos esquecer do Sensivel!
- Humpft! Quem não é sensível com você? – eu disse mostrando a língua.
- Ok, senhora não sensível, jantar?
- Eu estou com fome. Você vem?
- Tá to indo… - e me resignei a seguir aqueles dois. Que escolha eu tinha? Com fome e sem outra alternativa, não pode com eles, junte-se a eles.
Não vi mais Thais aquele dia. Eu apaguei num quarto trancado.
Foi no outro dia em que fiquei sabendo de coisas que prefiriria não estar a par.
Eram umas 9 da manhã pelo relógio da cozinha, Fraulein tinha acabado de me soltar e eu estava a ajudando quando todos eles entraram no apartamento para a reunião.
É eu também não sabia, mas eles se reuniam para poder ajustar o site regularmente.
Naquela manhã estavam Eve, Thais, Ouroboros, Fraulein, Anjo (escritor como eu, o que ele fazia ali?), Nina Ray, kmile e Helene.
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NA: Novamente tenho que parar. Alguém suspeita de mim, mas mesmo assim continuo a postar, na esperança que alguém me ajude…
Por favor… Se esconda, tenha cuidado e mais importante, continue como se nada tivesse acontecido…
Fui!

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