Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Horizonte



Eu conto os dias como quem conta
As areias e estrelas perdidas sob o mar
A viajar por entre as nuvens que me aponta
A me render ao desejo de enfim poder embarcar

Os dias me contam o que não quero saber
Na quietude a minha volta apenas a sensação
De a algum lugar eu pertencer
Perdida num mundo entre o que é imaginário ou não

Sentada no topo da solidão
Rabisco em cadernos a ilusão
De por ti viver a estação
Te dar então meu coração

Pela noite adentro nessa inquietação
Imagino por entre as letras sua emoção
Me deixo guiar nessa difícil equação
De saber se eu também mecho com a sua imaginação

Eu sei que a distância machuca e não ajuda
Que há barreiras mais pesadas com o tempo
Que se perdem passos dados na noite escura
Que muito se ganha ou perde nesse passatempo

Quem dirá o que diz o amanhã?
Que isso ou aquilo é o certo?
Sei que acordo cedo a cada manhã
Sonhando com algo incerto.

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