Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Revelações - Capitulo 02

Na: Ainda sem noticias, por favor, me envie uma Mp se você sabe de algo. As coisas começaram a ficar estranhas no meio interno, parece estar havendo uma confusão dentro do PDL. Por favor, não comente isto…
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Capitulo 02 – Noite de tempestade

**Flora**: Oi xuxu.
Eu provoquei Gabriel. Ele parecia ser legal. Não como o anjo, que apesar de gostar de atenção para si, era um verdadeiro cavalheiro que eu jurava não mais existir.
Ouroboros: Oi Flora. Onde você viu isso.
Era impressão minha ou essa pessoa era realmente desconfiada até da própria sombra?
**Flora**: Hahahaha. Aqui no chat ontem.
Ouroboros: Quem falou?
**Flora**: Eu não cito nomes.
Eu brinquei e ficou por isso mesmo.
Eu olhei meus comentários em poemas aquele dia e iria fechar a conta quando algo chamou minha atenção. Havia uma mensagem privada para mim.

“Eu sei quem você é.
Não pense que você me engana.
Só quero o que é meu.”

Era uma pessoa identificada por Veritas.
Quem era Veritas?
Esse nome me era estranhamente familiar. De onde eu conhecia? E porque ele me mandou aquilo?
Eu ponderei por mandar uma mp (mensagem privada) para um supervisor, mas… vai que todo mundo resolvesse achar que eu realmente era anarquista… pior que isso…
E se realmente eu não fosse paranóica e tudo isso fosse realmente parte de uma conspiração, uma ceita ou o que quer seja?
Onde eu já havia me metido?
Eu passei a tentar enxergar algo em cada entrelinha que eu lia, mas tudo era tão confuso, tão… NORMAL. Parecia apenas bate papo entre amigos.
Nesse dia eu fiquei logada até as 10 da noite. Era 05 de Abril daquela semana. Eu estava sozinha em nosso apartamento, meus pais haviam viajado para o que parecia ser a décima segunda lua de mel dos dois.
Eu estava esperando a ligação de minha mãe me confirmando que havia chegado bem com meu pai ao México. Então não foi uma surpresa quando realmente meu telefone tocou aquela noite.
Tirim. Tirim. Tirim.
Ele tocou três vezes antes de eu o atender. Estava entretida em mais uma discussão engraçada com o pessoal do chat quando aconteceu.
- Alô.
Eu disse normalmente com um sorriso no rosto ao telefone. Não sabia que é educado atender o telefone com um sorriso no rosto?
Dá a impressão que você é muito simpático. E primeira impressão infelizmente é tudo.
Porque infelizmente?
Porque você pode passar na primeira impressão uma coisa que talvez você não seja.
E como diz a letra: isso não é legal!
O telefone fazia ruídos e não vinha resposta alguma. Deveria ser por causa da ligação internacional.
- Alô?! – eu repeti mais uma vez. - Tem alguém na linha?
Nada. Só o silencio.
O que aquilo significava? Deviam ser meus pais. Eu repeti a mim mesma, como se quisesse me afirmar algo que eu sabia.
Eu estava soando sem sentido, presa por algo que eu sabia ser apenas paranóia minha.
Eu deveria era parar de frequentar o PDL, aquilo la começava a dar indicios de que poderia fazer mal.
Eu fui para faculdade outro dia cedo, com meu netbook a tiracolo. Eu sempre andava com ele. Era meu fiel parceiro nas horas chatas de aula. Eu passava o dia todo em minha faculdade. Meu curso é integral.
Na terceira aula meu telefone tocou.
Eu normalmente o deixo no silencioso, e retorno logo após as ligações. Mas como meus pais não haviam dado sinal de vida, eu sai sob olhares mortíferos de meu professor de física para o corredor.
- Alô.
Eu disse monotamente. Física as vezes me dava sono. Eu odeio cálculos.
- Flora, diga a Fenana que ela me deve o que roubou. Ou todos eles pagarão.
A voz fria enviou calafrios a minha coluna vertebral.
- você é doi…
Mas o doido ficou sub entendido, a voz de barítono desligou na minha cara. Isso era estranho.
Quem era essa Fenana, e porque alguém ligaria me perguntando de algo que eu não conhecia?
Eu voltei em direção a porta bufando de raiva. Devia ser a ideia engraçada que alguém fazia de trote.
Mas o nome me era familiar. De onde eu a conhecia?
Seria a Fenana com que Gabriel falava no chat?
E se fosse, o que tinha eu a ver com a história?
***

Era quase o fim de semana. Meus pais haviam conseguido falar comigo dois dias depois. Havia ocorrido um corte de energia na cidade onde eles estavam e permaneceram incomunicáveis por mais de dois dias.
Eu abri o site do PDL mais uma vez. Eu ainda tinha um post essa semana e eu iria postar mais um texto lá antes de eu ir para uma balada com a galera da faculdade. Eu só iria sair as onze de casa.
Eu estava o postando quando novamente vi uma mensagem em minha caixa de entrada.
"Flora
Você se esqueceu do limite de textos essa semana. Fique de olho, ou da próxima vez será deletada!”
Era novamente de Veritas. Quem era veritas? Não existiam apenas dois supervisores do NE? Não eram apenas Fraülein e Ouroboros?!
O que ele queria, porque diabos ele de uma hora para outra resolvera pegar em meu pé?!
E mais que isso, porque de todos, ele que não era nem supervisor e nem nada, apenas um reles usuário como eu?
Eu já estava de saco cheio. Iria mandar uma MP.
Isso, era preconceito contra a minha pessoa. Rsrsrs. E depois _Anjo_ ainda diz que não dava nada os outros serem advertidos por um supervisor NE. Claro, nada pra ele. Não era ele que estava sendo praticamente marcado por outro usuario que sem mais e nem menos resolvera implicar comigo.
“Veritas.
Obrigada pelos avisos, mas os supervisores do NE fazem muito bem o trabalho deles. Quando se tornar um, ai você me notifica quando eu errar.
Flora.”

Se isso não bastasse, eu iria realmente contatar um administrador do fórum. Quem eram os administradores? Acredito que eram os verdinhos que apareciam coloridos no PDL. Bem a cara de importancia. Destaque. Nem que fosse em alegoria de páginas.
Hahahahaha
Eu sei, foi sem graça.
Mas você riu também.
Eu fechei minha conta indignada. Como se não bastasse, começava a chover torrencialmente sobre a cidade.
Sair parecia impossivel. Eu não contei que tenho medo de temporais?
Pois é, eu tenho! Pavor deles! Eu me lembro que quando eu estudava no ensino médio começou a chover muito e eu me escondi em baixo da carteira da professora, só porque um relampago atravessava o céu.
Eu não sou medrosa, apesar de minha turma jurar de pé junto o contrário. Eles que não sabem o quanto é ruim ter fobia de algo, principalmente se esse algo te faz querer se esconder embaixo de uma mesa.
Durante a prova de geometria.
Que depois dessa mancada é anulada e você recebe o primeiro redondo de sua vida no boletim!
Eu deveria trabalhar como vidente. Meia hora depois me ligam os dito cujos me dizendo que a chuva havia alagado a parte da cidade em que iriamos nos aventurar. Podia existir algo pior, além do fato de estar sozinha em casa, com um bendito temporal caindo em cima de sua cabeça e ainda apavorada, sentada com o celular por perto embaixo do portal da porta?
Sabe o que seria pior?
A luz ir embora. Mãe de todos os santos, por favor não deixe que isso aconteça.
Prometo lavar toda a louça depois do almoço amanhã, nem é muita, só da semana passada... da outra... só um pouquinho... nem tem ratos ali ainda!
Prometo ir visitar tia Romilda, Deus sabe que ela é um amor de pessoa, humilde, doce... ela as vezes só estrapola um pouquinho na dose... tudo bem que ela é um pouco ranzinza, não gosta que desperdice comida, divide em quatro o sabão de lavar louças, lave casa só uma vez na semana pra não gastar desinfetante, só se banhe aos sábados (só o senhor pra amar tanto ela), mas todos nós temos nossos defeitos. Prometo só ver os bons dela!
Nisso um raio caiu naquele instante, iluminando a janela da sala de estar. Eu me segurei mais forte ao celular.
Qualquer emergencia eu podia ligar para o CVV. Eles não estavam ali para ajudar as pessoas que precisavam de ajuda?!
Eu estava começando a vasculhar cada canto com o olho, será que meu prédio iria cair?
Eu moro no sétimo andar de um prédio de 20. Santa mãe do céu, protetora dos desavisados, dos desocupados, das pessoas sem validação, por favor, eu imploro, me salve, não deixe o prédio cair em nossas cabeças com a tempestade!
Eu prometo que nunca mais digo que Gabriel é da gestapo, prometo que paro de zoar com _anjo_, nunca mais chamo Gabriel de rosinha, nunca mais penso que quero bater em alguém, eu vou ser uma boa menina.
Só não deixes o prédio desabar!
Tirim. Tirim. Tirim. Tirim. Tirim. Tirim. Tirim. Tirim.
Aiiiii!!!! SAI!!!!
Eu gritei enquanto me levantava correndo na direção da porta.
Que barulho era aquele?!
Minhas mãos tremiam, e meu coração batia a mil. Eu olhei por todos os lados em busca do possivel invasor.
Tirim. Tirim.
Eu ouvia o barulho ainda.
Peguei meu telefone celular e o abajur da sala e sai em direção ao barulho do meu quarto.
Eu abri lentamente a porta.
Chovia mais do que nunca.
Havia algo coberto sobre a minha cama.
A.I.M.E.U.D.E.U.S.
Os alliens invadiram o planeta! Aquele ser minusculo deitado em minha cama so podia ser um Alien!
Eu o acertei com cada fibra de força que tinha em meu ser. E olha que eu estava tremedo tanto que acabei por acabar de vez com o possivel ser que estivesse invadindo meu espaço.
Qual era a dele?!
Ele que voltasse ao planeta dele e procurasse outra casa. Minha não!
Meu quarto mal cabem minha cama de casal, minha penteadeira do século XVIII e meu closet, banheiro, computador, HomeTeater, puff, TV, DVD, frigobar, e meus livros de Machado de Assis, José de Alencar, Jorge Amado, Joestein Gaarder, Monteiro Lobato, Fisica, quimica, história...
Deu pra perceber que não tinha mais espaço nem pra eu! Quem dirá pra mais um ser espacial que resolveu que de uma hora para outra que meu quarto seria sua morada!
RÁ!
Eu sou mais esperta.
Matei o objeto inanimado. E com o abajur que mamãe ganhou de presente de casamento de seus falecidos pais e que estima mais até do que a mim...
AI!!! Tô Ferrada!
Tirim. Tirim. Tirim.
Eu me joguei em um pulo para trás.
Ele estava vivo ainda?!
Eu coloquei minhas mãos hesitantemente em sua direção, um alien não era pior do que se meu prédio desabasse, ou de que minha mãe soubesse que eu deixei um allien tomar conta de casa, ou papai ficar fulo porque eu não paguei a faculdade com o dinheiro que ele me deu e que me dei de presente roupas novas...
Abafa o último item!
O fato é, que eu tinha que levantar o lençou que o cobria.
E...
E...
Agora vai...
E...
Hmmm, será que ele é verde de verdade?
Ou roxo?
Hmm...
Será que eu devo??
TIRA LOGO FLORA, TA COM MEDO DE UM ALIENZINHO?! ONDE ESTA A FLORA QUE ENFRENTA TUDO?
Aí a minha consciencia estava apelando. Eu iria sim retirar aquilo dali. Porque eu não sou medrosa, eu sou Flora e Flora pode tudo!
Eu puxei cautelosamente o lençol para baixo.
Eu prendi o ar dentro de mim.
Eu não ousava acreditar naquilo.
Eu não podia acreditar naquilo!
Um telefone. O telefone! Droga! Eu podia ter ganho uma nota na net por ter descoberto um alien real.
Tirim. Tirim. Tirim.
O telefone continuava a tocar.
Será que mamãe estava me ligando?
- Alô?! – Eu disse puxando o edredom de sobre a cama e me cobrindo com ele.
- Flora! Eu te avisei. Onde esta Fenana? Me entregue o diagrama do infinito, ou vocÊ será a próxima. VocÊ tem uma semana para me dar isso, ou...
- Querida... estamos bem, não faça nada! – a voz rápida e desesperada congelou o meu cérebro.
Como?
Meus pais estavam no México. Que brincadeira era aquela?
- Mãe?! – minha voz saiu rouca, e eu senti um estranho torpor tomar conta de meu corpo.
- Filha! – era a voz de meu pai – não...
- Flora, você tem uma semana. Se quiser ver seus pais novamente!
- Quem.... – minha voz foi abafada pelo tum tum tum do outro lado da linha.
Eu sentia as lágrimas correrem sob minha face. Eu não conseguia pensar. Eu não conseguia me desgrudar do telefone, preso molemente em minhas mãos.
A tempestade estava ruidosa. E pela primeira vez na vida eu não conseguia me preocupar com ela, ou que ela me levasse junto.
Porque?
Que porcaria era aquela chamada de diagrama do infinito?! O que eu tinha a ver com a história?
Porque eu não podia simplesmente ter seguido com minha vida? Porque eu não podia ter simplesmente ficado quieta, deixado essa paranóia de escritora de um lado? Porque eu não poderia ter saido naquele domingo e ido pra qualquer lugar?
Até mesmo ver da janela a rua?
Porque eu tinha que ser tão imbecil ao ponto de estar em pleno domingo em um chat, e logada a vários dias da semana.
Onde meu ego alimentado havia me levado?
- Flora?!
Uma voz suave e melodiosa me chamou em meio a escuridão que assolou a cidade. Um brecaute.
Eu pude distinguir pela aldrava na porta, iluminados por um raio, três pessoas me observando.
Eu sinceramente não me importava mais comigo. Mas eu tinha que fazer algo com relação aos meus pais.
Eu arregalei os olhos ao observar as três figuras.
Duas mulheres e um homem.
- Flora?!
A mais baixa continuava a me chamar.
- Que vocês fizeram aos meus pais?! – eu indaguei com raiva.
De alguma maneira eu sabia que era culpa deles. Eles eram os culpados.
- Seus pais foram levados ao Bunker. – o homem me disse imparcialmente, em uma voz gélida.
Eu não sentia medo.
- Quem são vocês?! – eu murmurei trêmula.
- Somos da equipe do PDL. – a do meio me disse. – Estamos aqui pra te levar.
- O que?
Era piada? Como eles sabiam onde eu morava?
- O nosso site tem um spirewel de identificação de IP. – o homem me disse arrogantemente – Você tem algo que nos pertence!
- Você esta brincando comigo? – eu inquiri nervosamente.
- Eu queria saber como uma garota como você conseguiu acessar o painel que guardava eles... – ele me dizia dardejantemente. Eu não sabia de nada. – Nos devolva e tudo voltará ao normal!
- Eu não tenho... Eu não sei de nada! – eu disse piamente.
- Não estamos de brincadeira – a mulher de cabelos vermelhos me disse ácida. – ele vai te matar também.
- Maaataar?! – eu gaguejei.
O homem riu.
- O que você acha que é isso aqui? Uma visita de cortesia porque você posta em nosso site?
- Eu não sei de nada.
- Chega de brincadeiras Flora - a mais pequena me disse ainda gentil – Isso aqui é caso de vida ou morte.
- Eu lamento, mas...
- Chega de Idiotices, de ser sonsa. – a outra mandou – Fenana pode morrer porque você roubou o código!
- Meus pais também estão nessa! E eu não sei de código algum, e nem de coisa alguma! – eu respondi histericamente.
- Chega disso! – o homem comandou e a outra se calou, me olhando como se fosse me matar.
Eu o vi vasculhar meu quarto com o olhar e se aproximar de mim.
- Me desculpe Flora, mas você vem conosco.
- Eu vou é a policia! – eu desafiei.
- E dizer o que? – ele desdenhou – Que um site de livros roubou seus pais?!
- Eles foram sequestrados! ELES PODEM MORRER!
- E você vai ajudar dessa forma?
- Pelo menos eu vou tentar.
Ele se virou e disse alguma coisa inaldivel a de cabelos vermelhos que saiu de meu quarto em silêncio.
- Eu realmente não queria ter que fazer isso, mas você não me deixa escolhas.
Ele disse e tudo ao meu redor desapareceu. Eram 8 de abril de 2011, próximo à uma da manhã. Eu mergulhava pela primeira vez em minha vida em estado de inconsciencia.
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Tenho que parar o post por aqui hoje.
Assim, que puder eu continuo... Não sei se com o mesmo nick. Até breve, por favor, nos ajude.
Fui!

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