Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Menino!

Menino que encanta
De sorriso matreiro
De olhar que me canta
Com seu jeito faceiro

Menino na rua
Que me acena graceiro
Que me mostra a lua
Com seu olhar travesso

Menino que brinca
Com crianças a sorrir
Que sorri ao soltar pipas
Que corre a pegar as que cair

Menino que me faz graças
Que me pergunta sobre o tempo
Menino não me dê esperanças!
Deixemos que corra o tempo!

Menino que brinca
Como criança na chuva
Menino que espera
O homem voltar da lua

Menino que olha
Com brilho no olhar
Menino que me olha
Com suavidade ao luar

Menino que sorri
Que me pede a mão
Que corre por ai
Que me leva à ilusão

Menino que encanta
Que me leva pensamentos
Menino acho que  me canta
A cada sorriso com atrevimento

Menino com alma de criança
Com jeito de um sábio
Menino estou me dando esperança
A olhar o temporal hábil

Menino me canta
Sou tua ao luar
Menino me encanta
Estou começando a me apaixonar

Menino então vamos
Na chuva brincar
Com poesias embarcamos
Venha comigo então viajar!

Alguém

Alguém a soleira da sua porta ainda espera
O tempo e o seu tempo por fim
Espera e se desespera
Na esperança de ve-lo enfim

Quem é ela eu me pergunto
Que dança em quadrilhas e aquarelas
Que se perde a observar sem assunto
As folhas que caem sob sua janela

Será que ela espera a alguém
Que o tempo levou através de si
Será ela quem
O levou para longe de si?

Menina de tranças
Do olhar perdido sob as nuvens
Menina de viva esperança
De melodias sem sons

Quem é que esperas enfim?
O vento que sopra no jardim?
As folhas que brincam com o vento
O horizonte sombrio e o seu tempo?

Menina vá brincar!
Sabedoria está não em esperar
Mas fazer seu tempo e não desesperar
Em apenas viver e aprender a se amar! 

Confusões

Se eu te amo eu sei que te odeio
Se te odeio não sei quem na verdade diz ser
Se te conheço não sei o que dizes em seus rodeios
Se te decifro quem te mostras parecer?

Eu digo que vou
Você me manda ficar
Se eu paro não sou
Apenas não sei tentar

Se amanhã vou embora
Você diz que sente saudades
Se apareço a toda hora
Não passo de alguém que vive de ansiedades

Se digo te amo
Você diz que não sei
Se eu acuso de engano
Sou menos do que te mostrei

Não sei o que faço
Se fico ou se vou
Desfaça esse laço
O que afinal eu sou?

Te digo no fim
Sou apenas sincera
Apenas te direm enfim
Gosto de ti o que mais esperas?

Estrelas!

Eu saio a caminhar pela madrugada
A observar no silêncio as estrelas
A me deixar respirar o ar calmo
A me fascinar com a noite e sua beleza

Elas estão tão perto quando as fito
Tão distantes que pulo e teimo a toca-las
 Elas não me contam ou revelam segredos
Elas apenas me deixam apreciar sua estranha beleza

Elas são belas em sua solidão
Estão tão próximas umas das outras
Será que elas se tocam e estão juntas em seu céu?
O que se passa no coração de uma estrela?

Elas fascinam e me inspiram palavras
São tão belas e tão fascinantes!
Estrela me conte por favor qual teu encanto
O que fazes quando queres aliviar teu pranto?

Estrelas! Oh estrelas!
Me contem! Me ensinem  a receita do teu encanto!
Me ajudem a tirar de mim minhas tristezas!
A ser neste instante tão fria e bela como tu sabes ser!

Perdoem meu engano
Sei que não podes evitar o destino
De que vale tanta beleza e encanto
Quando sozinhas ficam?

Triste sina jaze ao céu!
Tão belas e próximas umas das outras
Veem seu próprio destino ao léu…

Estrelas que me fascinam!
Que brilham e iluminam o céu!
Sei o que muda uma vida: basta apenas observar o seu céu!

De...

De ternura e encanto
Serei teu mesmo em pranto
Amarte-ei a cada novo dia
Farei de meu sentir nossa eterna alquimia

De doçuras e cheio de açúcar
Eis que se revelam os dias
De encontros e formosuras
De presentes em cada novo doar

De frases feitas e bregas
De canções a muito tempo envelhecidas
São nelas que encontramos alento

Nas palavras doces e eternas
Nas rimas que se vão ao sabor do vento
Se sente em cada verso o valor de sentimentos!

Se perder

Não existe distância quando se quer estar junto
Existem barreiras de tempo que nos afastam
Há pedaços que ainda nos faltam
Memórias de momentos que jamais foram vividos

Não há dores nos sentimentos
Existem intensidades de momentos
Palavras e frases com pouco significado
Um gesto que vale mais que qualquer som

Há apenas o vazio de apenas observar
O céu estrelado e o nascer do sol
Um pedaço esquecido no desenhado mar
Uma luz solitária a guiar no farol

Se eu fechasse meus olhos
O que de verdade eu veria?
Se eu abro meus olhos
O que minha vida mostraria?

Cegos não veem pelo simples fato biológico
Crentes não veem porque ainda há  uma barreira
Ela se chama esperança e é ilógico
Pensar que se mata uma vida inteira

Em pensar que se possa desacreditar
Que há algo mais em fechar o olhar
Em se deixar viajar
Prepare-se para então se perder…

sábado, 23 de julho de 2011

Me leve...




Me toque!
Me estenda sua mão
Me mostra tua face
Me deixa te dar meu coração
Feche meus olhos
Me guie pelo salão
Te dou minha mão
Me puxe para si nessa canção!
Rodopie-me nessa valsa
Aperte-me junto ao teu peito
Me enlace
Não me deixe
Nos guie sem medo ou trejeito
Fite-me nos olhos
Veja (se perca em meu sorriso)
Me deixe apenas te fitar
Deixe então meu coração te gravar
Na noite sem luar
Saiamos escondidos ao jardim
Me puxe para si
Te direi sim
Sou tua meu querer sem face
Te amo e não sei quem és
Não me importo
Eu te direi no fim
Apenas me beije
Me deixe por fim te sentir!

És e sou



Um ser misterioso
Nas terras longiquas habita
Talvez seja algo pavoroso
Ou seria apenas alguém medroso
Que das sombras na luz se esconde?
Ele diz ser diminutivo
No tempo sem tempo do imperativo
Impávido, colosso desbravado
Seria ele um ser desvalorizado?
És letra
Sou tinta e papel
És melodia
Sou partitura e poesia
És sonho
Sou magia e teu castelo
És ventania
Sou chuva e calmaria
És amanhecer
Sou ver o por do sol ao entardecer
És meu coração
Sou tua solidão
Abro portas
Encarcero prisões
Te dou nestas palavras
Pedaços de meu chão!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Revelações - Capitulo 06

NA: Já são mais de dois meses. Nenhuma noticia. O site novamente parou por um tempo… Alguém anda me alfinetando, provavelmente tentando me fazer falar, por favor, volto a pedir… Não comente isso com nenhum administrador, minha conta tem sido vigiada. Discretamente, mas tem.
Alguns users desapareceram novamente.
Cuidado, você pode ser o próximo.
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Capitulo 06 – 03:00 da madrugada

- E então, qual é o plano?
- Plano?
Pela décima vez estávamos tendo aquela conversa. 4 horas haviam se passado. Jeieli havia sido colocada no quarto na área de serviço, a imagem não saia da minha cabeça, e duvido muito que da de alguém ali.
Não era seguro se espalhar, ou estar apenas só com alguém. Pelo menos era o que eu pensava. Apesar de odiar aquilo tudo eu estava considerando as coisas, nada fazia sentido. Alguma coisa estava me passando. Eu não ouvi ninguém falando nada a respeito das mensagens, ou de qualquer coisa referente a assuntos que não fossem especulações.
Eu me esgueirava pra qualquer lugar em que Thais fosse, apesar da presente hostilidade dela, ela era a única que não me cheirava a desconfiança. Bem eu poderia estar enganada, e ela poderia ser a assassina, mas não entrava em minha cabeça que ela estivesse representando. Não quando os próprios amigos nem se importavam com seu jeito estourado.
Ela estava no quarto, juntamente com Nina, Eve e Kelly. Eu me sentei em frente ao computador dela.
- Ainda não acredito nesse pesadelo. – eu ouvia ela dizer ao grupo. – Primeiro Fenana, e agora alguém morre?
- Isso aqui está parecendo um livro de horror…
- Com a diferença Eve, que não estamos do lado de fora – Kelly soava agourenta.
- Não é seguro andar sozinho pela casa… - Thais continuou refletindo – Teremos que seguir as regras.
- Um por um, nunca sozinhos… - Nina acrescentou.
Aquilo tudo havia sido discutido. Se tornara uma confusão, embora ninguém ousasse dizer qualquer suspeita em voz alta, de duas apenas uma verdade podia existir. Havia alguém escondido dentro do apartamento, que já havia saído, ou um de nós havia cometido aquilo.
Mas, e a ligação?
Seria o mandante, ou o assassino?
Não podíamos mais nos dar ao luxo de não acreditar em nenhuma possibilidade, como Nina dissera para meu espanto.
A miss natureza era realmente alguém que pensava muito, pra você ver, jamais julgue o livro pela capa, ou como aprendi recentemente, pelo nick do site.
Que ela não me escute. Tenho a impressão de que ela me bateria se ouvisse isso aqui. Então, se alguém contar, eu sei que foi você.
Haviam três pessoas que até o momento não haviam revelado nenhuma emoção ou reação com aquilo tudo. Eve, Ashlyn (que era a estranha que voltara com as meninas da rua) e Odecam.
Uma única palavra foi dita por nenhum dos três, ou algo que demonstrasse preocupação. Parecia que tanto fazia, ameaçados ou não, eles se mantinham frios e indiferentes.
Eve e Ashlyn poderiam não conhecer a Jeieli. Pelo menos não tão bem. Mas ela estava sentada ao lado de Odecam.
Pelas brincadeiras eu podia deduzir que eles eram ao menos amigos. “Amigos virtuais” e de longa data.
- A verdade é que isso aqui está sendo o meu pior pesadelo – Eve disse cansada – é o fim do PDL.
A essa declaração todas se calaram e eu podia ver que aquela possibilidade não passara pela cabeça de ninguém até naquele momento.
- Fim do PDL?
Eu indaguei incredulamente. Na realidade mais em um murmúrio pra mim mesma.
- Policia, investigações… - Eve respondeu a minha pergunta. – É uma questão de tempo para julgarem o site impróprio e passível de periculosidade…
- Mas vocês não teem culpa… - Kelly disse inconformada.
- Torçamos para que não.
- É, parece ser o fim de mais de 9 anos de trabalho árduo.
Nina observava da vidraça a luz da cidade meio adormecida naquela madrugada. Estava começando a garoar, que nem a outra noite em minha casa, eu iria entrar no site aquela hora… “Site, site… teve a mensagem…” Era isso! Podiam haver pistas no site!
- Thais…
Eu comecei com cautela. Ela me lançou o mesmo olhar gelado, embora tivesse me dado atenção. Pelo menos ela não tinha uma faca na mão.
- Diga.
- Será que eu podia acessar o seu computador? – eu disse no meu melhor tom desinteressado. – quero saber se meus pais deram noticias.
Isso não era uma mentira.
Uma parte de mim realmente queria que essa parte fosse uma brincadeira e que eu despertasse a qualquer momento.
- ainda acredita que isso aqui é uma farsa? – ela me disse. – Cada maluco em seu mundo. Bem, sinta-se a vontade. – ela disse em tom bem ofensivo – Se é que ainda funciona.
Eu liguei o computador enquanto as quatro retornavam a discussão anterior. O provedor dela parecia ser um tanto mais rápido que o meu, bem, ela precisava de velocidade enquanto administradora do site, eu supunha.
Eu entrei em meu email. Apenas para me frustrar novamente, apenas spam e algumas mensagens de amigos de faculdade.
“Florrrrrr
Sumiu?
Temos trabalhos na quinta feira agora. Me liga
Bj”
“Amigaaaaaaaaaaaaa
Sexta agora você não pode perder!!!
Te pegamos as 11.”
Eu respondi ao último dizendo que retornaria para confirmar. Era domingo, mas sabe-se quando e se, eu sairia daqui.
Eu abri o PDL novamente.
Estava normal. Entrei com meu user, apenas para descobrir que minha caixa de MP havia sido completamente limpa.
Não havia ali mais as mensagens.
Como alguém que não fosse um administrador, poderia me deletar ali no site? Sem mais e nem menos?
Eu já estava trancada ali mesma, e a Thais e a Eve estavam ali também. Não me custava muito perguntar. Aliás, eu já deveria ter feito isso.
- Hmmm… - eu comecei em um pigarro. Thais olhou pra cima como quem pede paciência aos céus.
- Qual é? Não consegue ligar o provedor? – ela me disse como se eu fosse de outro planeta.
- Queria apenas saber algo. – eu disse me mantendo calma. Longe de mim procurar briga com ela. Apesar de ela estar procurando. O restante do grupo olhava de mim pra Thais. Eve parecia divertida, Nina curiosa e Kelly ansiosa. Pelo pouco que começava a conhecer da rockeira Patty, ela realmente, amava um bate boca, quebra pau, barraco, ou seja lá o nome como você entenda isso.
- Desembucha! – ela disse completamente sem paciência.
- Manera Thais – Eve disse, no que eu achei, numa tentativa de me ajudar.
- Anda… - ela continuou diminuindo um tanto o tom.
- Bem, limparam a minha caixa de mps do PDL…
Thais olhou pra mim, como se eu fosse, um ET. Definitivamente ela não ia com a minha cara.
- Todo esse drama, pra dizer que alguém limpou sua caixa de Mps?
- kkkkkkkk – Kelly ria. Eu me encolhi na cadeira quando Thais veio falando, se aproximando cada vez mais de mim.
- Não foi você quem fez isso?
- Sinceramente não estou doida a esse ponto ainda – eu respondi de má vontade a Eve.
- Temos coisas mais importantes…
- Quer me escutar? – eu cortei com raiva Thais – Alguém vem me mandando mensagens, me pedindo um tal de diagrama do infinito, eu nem sei que droga de diagrama é esse! Eu abri aqui na esperança de descobrir algo, porque… perai, me deixa terminar! – eu disse quando Thais fez menção de dizer algo – eu venho recebendo isso, pensei que era brincadeira, mas pelo visto, nessa “brincadeira” estamos todos presos aqui. Então, esse tal de Veritas, deve ser um louco, ou…
- Espera ai! – Kelly me parou no ato – Veritas?
Eu assenti.
- Mas esse não era o nome que anjo usava para escrever os contos? – Miss natureza se manifestou.
- Anjo? – Thais indagou cinicamente – ele adora brincar!
- Mas esse Veritas ficava me mandando Mps me pedindo pra entregar esse tal de diagrama do infinito.
- Bem, isso é plausível… - Eve disse e Thais concordou para meu espanto.
- Anjo? – Nina disse balançando a cabeça – Anjo gosta de brincar, ele seria incapaz de matar alguém…
- E ainda mais a Jeieli – kelly concordou.
- São possibilidades. – Thais disse – Pode ser que alguém esteja querendo incriminar anjo, pode ser que anjo esteja por trás de tudo isso… Ou..
Ela fez uma pausa me encarando. Todos fizeram o mesmo movimento. 4 cabeças me encaravam naquele momento.
- Ou… - Kelly insistiu.
- Ou Flora esteja jogando. Quem garante que ela não é?!
- Olha só! Eu fui sequestrada, meus pais estão nas mãos de algum psicopata, um user foi morto, eu nem sei do que vocês falam… Eu sei que não sou eu, mas quem garante que não seja inclusive você Thais?
Eu destrambelhei a falar num fôlego só, as palavras cuspiam pra fora da minha boca. Parecia até ser outra pessoa quem falava por mim.
- ENTÃO NÃO ME ACUSE, VOCÊ TAMBÉM NÃO SABE DE NADA.
Ficamos em silêncio por vários segundos, até que o som de alguém batendo palmas despertou minha atenção.
- Poxa, e eu pensando que você era uma mosca morta… - Kelly disse como se me fizesse o maior elogio possível no mundo. Eu olhava ela sem entender. Ela era mesmo deste planeta? E ainda batia palmas. Eve dava risadinhas olhando Thais, de repente muda e Nina apenas me olhava com um quê de interrogação no rosto. – Poxa, parabéns! É isso aí garota!
Hahahahahaha.
Eu não consegui evitar rir. E o pior, Thais se juntou a mim. Estavamos as duas rindo, de nós mesmas.
- Me desculpe… - eu murmurei meio sem jeito.
- Tudo bem, não tenho provas! – ela me disse no que eu aceitei ser um pedido de desculpas.
Após esse momento patético. Porque foi, barraco, drama… Nossa. Daria um roteiro de cinema. Nós fomos nos reunir na sala.
Estavamos todos ali, alguns esparramados pelo sofá. Outros sentados no carpete e olhando a janela de fora. Eram umas 3 da madrugada, eu presumia.
- Acho que vou ao banheiro… - eu disse depois de meia hora em que uns olhavam a cara do outro.
- Eu vou com vc… - Helena se ofereceu.
Estavamos todos ali, alguns esparramados pelo sofá. Outros sentados no carpete e olhando a janela de fora. Eram umas 3 da madrugada, eu presumia.
Nina entrou primeiro. Ficamos esperando do lado de fora, até que o silêncio, depois de alguns segundos nos chamaram atenção.
- Nina?
Nós a chamamos, porém sem resposta. Algo do lado de dentro fez um barulho, chamando nossa atenção, apreensivamente.
- Nina? – Helena repetiu.
- NINA? ABRAAA! – Kelly se juntou a Helena. A última tentava abrir a porta, mas estava emperrada.
Uma estranha sensação de pânico tomou conta de nós. Nossos chamados e esforços deviam ter sido um tanto altos, pois logo Anjo, Odecam e Ouroboros entraram no quarto e nos ajudavam.
Nos afastamos enquanto Odecam forçava a porta. Helena tinha lágrimas escorrendo pela face, Kelly observava assustada aquilo. E eu não parava de sentir frio. Não conseguia parar de pensar, que seria eu ali, agora.
O quarto estava cheio quando enfim conseguiram abrir a porta.
Do lado de dentro, deitada entre os azulejos brancos, ao lado da pia, estava a miss natureza. Os olhos estavam abertos e miravam sem foco algum ponto acima no forro.
Haviam marcas negras no formato de seus dedos na pia.
Odecam se abaixou sobre ela e tocou de leve seu pescoço.
- Ela está morta – ele disse com a voz embargada.
A meu lado, naquele instante, Helena desmaiava.
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NA: Tenho que fechar aqui por hoje, são 1 da madrugada. Não há usuários neste momento acessando, preciso ser cautelosa. Alguém me delatou, há moderadores na minha cola.
Dois meses.
Quem está por trás de tudo isso?
Cuidado!
Se eu não postar, foi porque me descobriram…
Fui!

Revelações - Capitulo 05

NA: As coisas se acalmaram por aqui. Estranho, eu sei. Mas vejamos o que isto quer dizer.
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Capitulo 05

Eu gelei com a voz. A menina do carpete havia me visto! Droga.
- Quem jei? – Anjo disse confuso.
- Está aqui… - A voz disse acima de mim e eu vi um par de sapatos masculinos próximo de mim. Era o próprio Ouroboros quem estava ali me encarando. – Mais algo pra lista: Flora fofoqueira!
- Fofoqueira é a tia! – Eu disse indignada. Eu estava ouvindo só. Não implica dizer que eu fosse contar algo, ou que fosse usar de verdade.
E ouvir a conversa dos outros não era fofocar.
Era somente ouvir, só isso…
- Quem ouve escondido é o que?
- Curioso? – eu disse inocentemente. Ele me lançou um olhar descrente enquanto eu me levantava e encarava os demais.
Nina, Kelly e Jei pareciam querer rir a qualquer momento.
- Pessoal, eis nossa querida Flora do NE. – Anjo disse ao grupo e eu senti minhas bochechas esquentarem sob o olhar deles. Faltava agora só um letreiro luminoso na minha cabeça: Pega no flaga!
- Acho que ela perdeu o dom da fala… - o infeliz comentou.
- Ouro vai com calma… - Lena disse rindo. Calma porque?
- Ah oi…
- Oi Flora.
- Ois.
-Olá…
- Você quem briga com ele pelo chat? – Nina perguntou divertida.
- Ela “defende os pontos de vista dela”… - Anjo disse irônico.
- Muito engraçado…
- Esses são Odecam (o rapaz do carpete com o livro policial), Jeieli (a sentada perto de odecam), Helena (a de chiquinhas), Nina (a do verde miss), Kells (a roqueira patty) e eu anjo e ele o ouroboros…
- Ah prazer… - eu disse após o discurso de anjo.
- Esta é a flora anarquista, sensível e fofoqueira – o lerdo continuou.
Caramba e eu achando que só o rosinha fosse chato, é, eu estava enganada.
- Vou nem comentar – eu me limitei a dizer olhando como Gabriel esperava pela minha resposta ansioso. Achou que eu fosse ser mal educada?
Quebrou o nariz! Bem feito!
- agora que já soubemos que Flora gosta de fofocas - anjo idiota, retiro o que disse, ele e gabriel eram umas pestes. E ainda pisca pra mim? quem ele acha que era? - que tal um jogo?
- Jogo? - Kelly disse maliciosa - Tipo um jogo que podemos maquiar você, tirar foto e jogar na internet?
- É, nesse estilo... - ele disse rindo de algo.
- Kelly acha que vai pegar anjo? - a jeieli que até agora se mantivera quieta se manifestou descrente.
- E então, quem topa? - anjo disse ignorando o comentário. Algo me dizia que essa kelly estava cavando a própria sepultura...
E como diria minha mãe: ela que se deitasse quieta ali depois. Quem mandou procurar o que não perdeu?
- Nina, lena, jei, ouro, kelly, ode... Flora? - ele disse apontando pra cada um de nós separadamente. Odecam apenas deu de ombros, tanto fazia pelo que eu pude ver.
- Eu quero... - Nina disse com um sorriso olhando pra mim. Algo me dizia que a cara de anjo estava só na expressão dela...
- Se forem brincar, tô dentro! - Helena concordou
- Eu quero brincar, só pra ver... - Jeieli ria olhando pra anjo e kelly.
- Já que não temos nada melhor a fazer.... - Ouro disse desanimado se sentando com os outros em torno do carpete. - Ao menos passa o tempo.
- Kellyzinha, jura que não vais amarelar? - anjo alfinetou. As mãos da menina novamente se juntaram próximo ao corpo
- Vou dizer agorinha quem amarela aqui viu!
- ui! - Odecam riu - Essa eu quero ver!
- Nem se mete ode...
- Kelzinha minha amada...
- Nem me vem com papo de filha, e olha, se continuar com a historia quem se arrependerá é você... Não venha chorar depois.
- Ah... que saco, vamos plantar abóboras Ninna? - Diz Helena
- Ebaaaaaa! Mas e o jogo Lena? - Diz Ninna
- Hey, Anjão, avisa aí quando começar – Helena diz em voz alta para os três que discutiam.
- AGORA! - diz Kelly imitando um grito de guerra
- Oks... Resta saber se a flor de maracujá aqui quer jogar...
Quem ele tava chamando de flor de maracujá? E porque em um tom que não era elogioso?
- Eu me chamo Flora, muito obrigada por me chamar assim!
- E começamos a novela... - Ouro disse rindo.
- A novela do ouroboros é um id...
- Nem termine isso! - Nina disse - Isso é falta de bons modos mocinha... - ela disse rindo - nao acha kelly?
- Se ela não terminar, isso sim é falta de cortesia…
- Florinha, queres participar de nossa inocente brincadeira? - ele disse cheio de floreios e trejeitos...
Eu olhei a gabriel e a nina.. É, podia ter suas vantagens.
- É eu brinco! - eu disse em tom vencido.
- Esperem enquanto eu busco uma garrafa e algo para bebermos...
Ele demorou menos de 5 minutos na cozinha, entre os quais ouvimos barulhos de algo se quebrando no chão.
- Espero que saiba que a Thais vai te matar quando voltar e achar a casa bagunçada... - Ouro disse em tom solene.
- Eu arrumo depois. - anjo sacudiu os ombros se sentando no único lugar vago no circulo - Para sermos justos..
- E vem ele com a lenga lenga de que é justo...
- Eu não digo, eu sou! – ele disse enfático – e a prova é que eu giro primeiro!
- JUSTIÇA! – Jeieli inquiriu ironicamente – Que justiça é essa?
- Minha justiça oras!
- Oks! – Kelly disse – se é assim, eu quero girar isso…
- Eu também quero!
- E eu!
- E eu também.
Nina, Helena e Odecam disseram juntos e ao mesmo tempo quase. Eu estava quase rindo da confusão.
- Ok. Façamos o seguinte: eu giro a garrafa… - Ouro disse pegando a garrafa.
- Isso é o que todo mundo quer, se você não percebeu… - eu disse não perdendo a oportunidade de tirar uma casquinha.
- é, mas eu girarei, e a pessoa em que parar começa a brincadeira… - ele disse calmamente, mas num tom que não deixava muito para questionamentos. – Tudo bem?
Todos assentiram e ele girou. Parou em odecam.
- E a primeira rodada é: odecam pergunta para nina. – anjo anunciou.
- Verdade ou desafio Naina?
- Desafio - Diz Nina confiante que Ode ia ser bonzinho.
- Tens de ser princesa durante meia hora - Diz Ode com um sorriso malicioso.
- Mas princesa? – Nina diz querendo ao certo saber o que teria que fazer.
- Usar coroa e o vestido de uma… - Ode disse com simplicidade e o sorriso sumiu no rosto de Nina.
- Isso não é castigo – eu disse pra Nina. Até ver o que ele tinha feito. Ele tinha achado uma máscara.
- Princesa Nina do noiva cadáver!
Era algo meio horrendo, parecia mais com a do filme pânico. Achei bem levinho por falar nisso, apesar de Lena e Jei rirem de algo.
Vai entender.
- Continuando, Nina, gire a garrafa!
- Anjo pergunta para Flora.
Escolha verdade, escolha verdade… Eu pensei rápido, afinal, nenhuma verdade poderia ser tão vergonhosa como eu sabia que estava por vir…
- Verdade ou desa…
- Verdade! – eu disse rápido mal deixando ele terminar.
- Eu ia ser bonzinho com você…
- Sei – eu disse não me deixando convencer pela onda de inocência na voz dele.
- Tudo bem, Flora é verdade que você na verdade ama o Gabriel?
Eu fingi pensar muito nessa.
AS meninas me olhavam com expectativas e ele me olhava com cara de tédio.
- Sim - Anjo explodiu em gargalhadas – Tanto quanto amo você. Aliás, amo tanto os dois que vou arrumar uma aranha ou cobra pra dormir com vocês a noite…
- Toma!
Kelly disse rindo muito da expressão de espanto dos dois…
- Você não teria coragem…
- Paga pra ver? – eu disse em meu melhor sorriso inocente…
- Cara, ela dá medo…
- Sei…
Depois de umas rodadas houve várias risadas, mas a melhor foi anjo e Gabriel.
“Verdade ou desafio?”
“desafio”
“qual a cor da sua roupa de baixo?”
“isso não vem ao caso, teem senhoras presentes”
“Ele não usa roupa de baixo?”
“diz logo, foi desafio…”
“Verde”
Próximo…
Eu pude ver que quando ele se levantou a camiseta subiu um pouco… E eu não resisti…
“é rosinha…  com… bolinhas…” Eu disse meio surpresa e caindo na gargalhada depois.
Anjo puxou-a pra baixo e Gabriel só faltou bater nele de tão grilado que ficou.
Mas fala sério.
Quem usa cuecas rosa?
De bolinhas?
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É pra que?
Efeito encantador e enternecedor?
Ninguém se aguentava de tanto rir de Gabriel que passou a se chamar rosinha oficialmente pela roda ali.
Eu estava rezando pra que aquela garrafa não parasse em mim e aposto que anjo queria muito menos.
TrÊs rodadas mais tarde, após Jeieli cantar como uma galinha, anjo imitar uma bicha com vontade de ir ao banheiro no meio da avenida e de Lena dizer que gostava de cobras chegou o que eu mais temi…
- Gabriel, pergunta para Flora…
- Verd…
Mas ele não terminou a frase. Bem naquele momento tudo escureceu. Eu não congelei no meu lugar. Iria chover, pela vidraça acabava de brilhar um relâmpago no céu.
“Ai meu Pai!
Eu odeio chuvas.
Eu não fui uma boa menina?
Eu não disse que não brigaria com tia romilda?
Que não chamaria mais ninguém por apelidos?!
Prometo ser uma boa menina, ser mais gentil, não faltar mais as aulas de física, estudar para as provas, prometo que compro outro abajur pra minha mãe, que digo que eu que quebrei e não um Alien… Só não deixeis que a casa caia…”
- FLORA!!! – Alguem berrou no meu ouvido me sacudindo! – PARA DE DAR SURTOS!
- A casa vai cair, o céu vai desabar…
- Dá um tapa nela Rosinha…
- … Tia Romilda tinha razão…
De repente eu senti minha face virar para lado, ardia e alguém me sacodia como se eu fosse uma boneca de pano.
Eu não consegui não começar a chorar.
- Calma Flor, já passou… - A voz de Helena sussurrava perto de mim enquanto ela me abraçava. – Desculpa, mas você não voltava a si…
- Eu surtei?
- Sim. Gabriel não conseguia fazer você parar de tremer. Você tem medo de tempestades?
- Sim… - eu murmurei reparando agora que eu estava em algo macio. – onde estão todos?
- Estão na sala… - ela disse com simplicidade – Conseguimos trazer você aqui… Anjo foi procurar uma vela…
- Ah.
- Você se importa de ficar sozinha?
- Não… - eu disse com mais confiança do que sentia. – Mas vai lá…
- Já venho…
Eu olhava o quarto imerso na escuridão. Tentando me convencer que eu estava sendo paranóica, que não havia nada.
Eu não sabia porque aquele pavor todo de tempestades e de escuro.
Parecia que o mundo cairia sobre minha cabeça a qualquer minuto…
Eu abracei meus joelhos, talvez não fosse má ideia ir procurar o restante das pessoas.
Eu coloquei meus pés no chão em busca de chinelos ou algo pra calçar…
De repente o silêncio em volta foi quebrado por um relâmpago no céu e o que parecia ser um grito escondido com o retumbar do trovão.
Eu me abaixei instintivamente no chão ao mesmo tempo que a luz retornava ao apartamento.
Do lado de fora da porta eu podia ver, sentado no meio da cozinha, ainda com os olhos abertos, estava a garota de cabelos flamejantes. Eu cheguei mais perto, no chão apenas um bilhete rabiscado as pressas.
“Esse foi apenas o primeiro aviso.”
Havia sangue em seu pescoço e um corte profundo rasgando de fora a fora…
Logo se juntaram a mim horrorizados, Helena, Odecam, Nina, Ouroboros, Kelly, Anjo e mais thais, Eve, Frau e alguem que eu desconhecia.
- Quem estava em casa agora? – eu perguntei para os últimos.
- As portas estão trancadas. – Ouro disse em tom cortante, checando a da cozinha e saindo pra ver o resto.
Nina e Lena olhavam com lágrimas no olhos a cena, eu estava chocada. Meu coração disparado. Eu não conseguia me mover. Anjo via com uma expressão estranha no rosto aquilo tudo, Thais e Eve se retiraram e Fraulein passara mal.
-  Estamos trancados por dentro – Gabriel disse sério.
- Acredito que agora todos concordamos que isso aqui não é mera brincadeira.
Kelly disse jogando o bilhete para que todos vissem.
Todos se viraram assustados quando o telefone da cozinha tocou.
Estava em cima do balcão em que eu me apoiava, e como ninguém se manifestara eu o puxei para atender.
- Me entreguem Fenana ou um por um vocês morrerão. Me entreguem o diagrama do infinito.
A voz reveberou pela cozinha. Todos mudos escutando…
- Que você quer… - mas a gravação havia acabado…
- Espero que saibam que a partir de agora, todos são suspeitos…
Fraulein disse meio enjoada encarando a todos.
Havia um assassino em nosso meio.
Mas quem de nós ameaçava nossa própria vida?
________________________________________________________Mais uma vez tenho que ir embora, um silêncio estranho tem tomado conta do site a vários dias, não pude postar, isto levantaria suspeitas...
Um mês se passou... Os dias contam invertidamente, onde buscar as respostas?
Cuidado...
Alguém pode estar de olho em você...
Por favor, me mande mp se tiver qualquer noticia dela!
Fui!

Revelações - Capitulo 04

NA: Mais uma parte hoje, desculpem se demoro, mas minha situação anda um tanto delicada. Estou tentando descobrir algo que me ajude, a desvendar todo esse mistério. Mas tem sido difícil. Por favor, não tenho tido respostas, mas continuo, ainda acredito que alguém tem me dado ouvidos… Cuidado!
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Capitulo 4 – Chateanos do Chat PDL

O que aconteceu que eu tanto temi naquele instante?
É talvez seja melhor não dizer. Parecia que estavam recebendo ameaças de alguém. Usuários começavam a desaparecer, alguns enquanto logados, eram simplesmente deletados e não haviam mais noticias; parecia estar havendo uma guerra (disputa) interna.
Eu sinceramente achei tudo normal até aquele ponto da história que consegui ouvir. Estava novamente no quarto. Não que de qualquer forma houvesse como escapar. E Frau, veja só a intimidade, havia me dito que eu sairia logo que conseguissem localizar meus pais. De qualquer maneira eu estaria mais segura com eles…
Eu estranhei de qualquer maneira a proximidade com que eles se tratavam. Eles não eram de diferentes partes do país? O que os teria feito se reunirem em uma cidade qualquer? Somente manutenção?
Eu sou uma nada em qualquer assunto de informática. Mas não ao ponto de não saber que isso poderia ser feito através de teleconferência, msn, chat, qualquer coisa online…
Talvez fosse realmente sério.
“Ela desapareceu, estava no msn comigo…”
“Muito estranho ela não sequer responder emails”
“A vizinha dela disse que ela simplesmente sumiu”
“Eu ainda acho que ela está apenas passeando por ai, espairecendo”
“Ela SUMIU, ela não sairia sem dizer nada…”
É, e assim foi mais de uma hora eu acho de reunião. O tal de anjo ficaria de olho no chat de agora em diante. Ele não deveria estar gostando nada disso…
As outras moderadoras ficariam encarregadas de que isso não se espalhasse, e EVE parecia ter se juntado ao assunto de “investigação”.
Onde isso iria levar?
Uma boa pergunta.
Quando a reunião acabou ficaram apenas anjo e ouro no apartamento. Thais fora com Eve pra algum lugar que ninguém informou (como se fossem obrigadas a me dar satisfações!) e o restante se dispersou prometendo se encontrarem no chat a noite pra não levantar suspeitas.
Eu nem tentei ir até a porta. Na verdade eu não podia, ouro e anjo estavam na sala assistindo algo na TV. Mas… E a entrada de serviços?!
Eu andei sorrateiramente até lá… só pra descobrir que estava trancada. Droga. E agora?
Suspirei exasperada e fui me jogar em uma poltrona próxima da sala, perto o suficiente para que eu pudesse ver o noticiário e longe das vistas de meus fieis “guarda costas”.
Era noticias sobre os Estados Unidos, como se a tv soubesse de fato fazer algo diferente do que nos informar a cada cinco minutos sobre qualquer coisa no EUA, até sobre a unha inflamada de alguém famoso que terminou na internação em um SPÁ era noticia…
É. Pra você ver a decadência que estamos nos sujeitando.
- Aposto como ela vai surtar em dez minutos…
- Acho que ela bate em você primeiro…
- Ela tem que ser bem alta pra isso… - a voz zombou atraindo a atenção dela pra sala.
- Já checou as janelas dos banheiros e dos quartos?
O tal do anjo me perguntou e eu finge não ouvir e sai ouvindo as risadinhas dele.
Pelo menos naquele quarto que me colocaram hoje (um menor e mais arejado diga-se de passagem).
Eram 6:05 da noite, pelo menos era o que mostrava o relógio em formato de pêra na parede. Essa thais, ou a família dela, devia amar verde… Nunca vi tanto num só lugar.
Eu estava sentada a beira da janela observando a cidade lá embaixo quando a campainha seguida de muitas vozes me chamou atenção pra algo que estava acontecendo na sala.
Será que todas aquelas pessoas haviam voltado?
- Vocês acham que pode estar acontecendo algo? – uma voz feminina inquiriu nervosamente.
- Acreditamos que não… - sensatez demais. Estaria ouvindo coisas? – mas seriam meras coincidências?
- Talvez ela tenha saído…
- Mas gente, isso está mal contado… Como dois usuários podem ter sumido? – ela não reconheceu essa voz e nem a primeira que falava. Duas mulheres, quem seriam?
Amigos do PDL talvez?
Eu me guiei sorrateiramente até a porta, próximo a saleta em que estavam reunidos. Haviam umas 8 pessoas sentadas ali, algumas no sofá, como um trio de garotas, jovens diga-se de passagem, e anjo jogado na poltrona em que estava anteriormente; e uma garota de cabelos vermelhos (poderia ser irmã da Thais? Meu Pai, que não fosse verdade, uma já era ruim, imagine duas?!) sentada no carpete com um rapaz que remechia desinteressado num livro.
Ele tinha o semblante curioso, enquanto os outros demonstravam certa curiosidade, mescladas com preocupações ele parecia chateado, como se eles o estivessem atrapalhando na leitura do livro. “O natal de poroit – Agata Cristie”, eu consegui ver pela lombada do livro. Eu não era muito fã de romances policiais.
E é, eu também estaria chateada se estivesse tentando ler e um monte de “gralhas” não parasse de gritar ao meu ouvido.
- Ok! Cansei. – a voz de anjo quebrou o pequenos silêncio cheio de murmúrios na sala. Eu podia reparar que Gabriel olhava a janela do apartamento, virado de costas para mim. – Nos lamentarmos  não trará respostas. Qual é? – ele disse teatralmente – Vamos nos animar!!
- Como você consegue ser tão frio? – a garota da ponta do sofá, a mais séria das três em minha opnião, (porque fala sério, alguém que veste pink, com meias arrastão pretas, botas e camiseta no estilo rockeira patty só pode ser séria) levantou-se um tanto irritada do sofá e encarou o homem, que riu mais ainda da expressão estampada no rosto dela.
- como você consegue ser tão animada?
O anjo disse seriamente, arqueando uma sombrancelha, como se a tivesse desafiando. Mais uma coisa pra me lembrar na lista de anjo, além de engraçado, ele não tinha o mínimo senso de perigo. Apostava 10 à 0 que ela partiria pra pancadaria.
Os olhos dela não vacilavam e as mãos apertavam contra o próprio corpo.
-Você ama fazer piadas até nas desgraças? – era mais uma afirmação do que pergunta, o tom de quem admite algo irremediável, meio conformado talvez.
As duas companheiras dela no sofá observavam a cena estranhamente. Na realidade, com exceção delas e da garota do carpete ninguém mais parecia prestar atenção. A do meio estava com uma lixa nas mãos, com os olhos abaixados, mas ouvindo a julgar pelo pequeno sorriso no rosto.
É talvez eu pudesse dizer que elas eram amigas. Esta estava toda de verde, se houvesse um miss natureza, ela já tinha o traje perfeito. Ok, foi sem graça, só porque você não viu o mesmo que eu… Ela parecia bem novinha, com o cabelo preso num rabo de cavalo, e vestido verde meio rodado…
Pelo menos era verde…
A do lado dela estava vendo a cena como que entediada. Como se aquilo fosse algo corriqueiro.
Eu quase podia ter certeza de que os dois poderiam se matar e ninguém moveria uma palha para ajudar a apartar.
De repente a rockeira pink se virou pra essa última. Eu quase podia ver uma resposta mal humorada, mas ao invés disso, ela bufou contrariada e se largou no sofá…
Que foi isso agora?
Quem obedeceria a alguém que usava marias chiquinhas nos cabelos e uma blusa de harry Potter estampada com a naginni?
Eu podia ver na face de anjo, o que eu jurava ser a sombra de um sorriso. Eu me abaixei para poder chegar até próxima a mesa perto dali, onde eu poderia ver e escutar sem ser vista.
Por alguma razão eu tinha certeza que se me mostrasse eles iriam se esconder.
E não, eu sei que não eram crianças que brincam de pique esconde. E eu não sou a fiona pra todo mundo correr de mim.
Então engraçadinho, pode parar. Eu não achei graça…
Como eu estava dizendo, eu não sabia até que ponto eles seriam sinceros comigo, ou de que forma essa sinceridade seria colocada. Ali eles pareciam estar entre amigos e não poderia perder a oportunidade de tentar descobrir algo.
Porque pra mim essa historia de que ninguém sabia de nada, estava muito mal contada…
- Sabe, hoje mais cedo eu vi alguém na rua… - anjo comentou em tom ameno.
- E a pessoa piscou pra você? – Ouroboros, que até aquele momento permanecia calado inquiriu em tom de dúvida.
- Provavelmente ele vai dizer que era uma mulher e que piscou pra ele… - a rockeira rosa zombou – E nem me olhe assim Nina…
- Kelly, você é má.
Pelo que eu entendi, a rosa choque era uma tal de kelly e a miss natureza se chamava Nina…
- Você é o orgulho da família… - ela continuou em tom brincalhão. Elas eram parentes? Bem, isso explicava muito… - Não acha Lena?
- Kellzinha saiu ao pai dela…
A tal de Lena, que eu achava ser apelido de Helena, disse mostrando a língua para o rapaz no carpete.
Isso era brincadeira…
Como pessoas da mesma idade poderiam ser parentes?
Ai meu PAI! Invasão de Aliens?
- Quantas vezes tenho de dizer que eu não tenho PAI?
- Assim você me magoa queridaa….
- Nem termine ODE! – ela disse cortante e o Ode levantou as mãos como se tivesse se rendido. Eu vi quando ele mostrou a língua pra ela e os dois acabaram em risadas.
- Agora que todo mundo aqui já provou que se ama… - Anjo zombou – Tenho que concordar com Kelly, as coisas realmente estão estranhas…
- E quando as coisas não o são? – Ode disse sério.
- Obrigada anjo… - Kelly zombou.
- Você acha que algum user está dando uma de terrorista? – Helena disse em tom incrédulo. – Isso é algo sério a acusar… E outra, Fenana pode nem estar escondida…
- Acho que Fenana realmente pode não estar escondida, mas quem sabe envolvida… - ele refletiu polidamente – O que você acha ouro?
- Acho que não devemos especular, pode ser apenas um mal entendido…
Mal entendido? A pessoa que me acusou a uma noite atrás, que me tirou do meu apartamento e me deixou aqui, estava dizendo que era apenas um mal entendido?
- Você não sabe de nada Ouro? – a menina do carpete disse por fim o analisando.
- Sei que isso e uma brincadeira de muito mal gosto… - Ele disse com o olhar vago. Porque ele estaria sendo tão esquivo?
- Por falar nisso, porque Flora está aqui? – Anjo perguntou a queima roupa.
Eu me encolhi contra a mesa de centro, me abaixando, não podiam me ver ali agora… não agora.
- Porque não perguntamos a nossa espiã que está atrás da mesa de centro?!
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NA: Tenho que desligar.
Fui.