Pra que eu ainda corro em sua direção
Se sei que meus braços são impotentes
Por que ainda vago meus olhos pela escuridão
Em segundos infinitos passo por lugares diferentes
Me dou um sorriso e espero que o céu
Que ele apenas me molhe pois nada tenho a guardar
Quando tudo se acaba e eu puxo o seu véu
Sei que ainda existo, embora a escuridão teime em me
tragar
Sentindo o vento e desejando a tempestade
Abrindo os braços para tentar o azul tragar
Abandono meus sonhos que nada valem de verdade
Nada vale se eu quiser ou ir buscar
Pra que continuar sobrevivendo a cada passo?
Cair ao chão se nada ampara a queda
Quebrar vidros e desfazer criando laços
Quando me quebro o que vem se não a despedida?
Eu digo: chega
Vou me atirar
Nada me prende ou prega
Vou viver mais do que esperar
Se eu cair vai ser porque me jogarei
Se eu gritar será porque eu abraçarei
Se vacilar e machucar não preciso de mãos
Se eu ando será porque dei um basta de razão
Quando os sonhos se acabarem e aquela porta se fechar
Será porque eu mesma a bati
Quando meu coração quiser do peito pular
Serei eu causa pela qual morri...
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