É sempre tudo igual
Qual pares de sapatos no armário
Qual um dia escuro e sombrio
Iguais a dias modorrentos e sem
vida
É sempre o mesmo ciclo
Sem rodeios ou floreios
Tal como uma roda gigante parada no
topo
Um barco em meio a calmaria sem
remos ou correnteza
A brisa morna toma conta de seus
dias
No céu a mesma calmaria
Na noite estrelada o luar solitário
Pela rua a ventania silenciosa que
a tempestade anuncia
Sempre os mesmos passos vazios
Contados, controlados, milimetrados
sempre no mesmo ritmo
Cheios de compreensão e
entendimento
Tão solitários e vazios quando
sentas sob a calçada
É tudo tão sem novidade
Que quando a chuva irrompe a tarde
Te encontra sem abrigo ou guarda
chuva
Revoltado contra algo que só o
tempo pode controlar
As vezes a brisa mansa que refresca
o dia quente
É a mesma brisa que se transforma
em furacão
E a tempestade imprevista talvez
seja
Apenas o interlúdio do arco íris
colorido da estação
A solução talvez esteja
Em apenas deixar-se levar com a
correnteza
Apreciar cada estação em sua beleza
E saber que cada dia é sempre um
“novo”…
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