Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Passos




É sempre tudo igual
Qual pares de sapatos no armário
Qual um dia escuro e sombrio
Iguais a dias modorrentos e sem vida

É sempre o mesmo ciclo
Sem rodeios ou floreios
Tal como uma roda gigante parada no topo
Um barco em meio a calmaria sem remos ou correnteza

A brisa morna toma conta de seus dias
No céu a mesma calmaria
Na noite estrelada o luar solitário
Pela rua a ventania silenciosa que a tempestade anuncia

Sempre os mesmos passos vazios
Contados, controlados, milimetrados sempre no mesmo ritmo
Cheios de compreensão e entendimento
Tão solitários e vazios quando sentas sob a calçada

É tudo tão sem novidade
Que quando a chuva irrompe a tarde
Te encontra sem abrigo ou guarda chuva
Revoltado contra algo que só o tempo pode controlar

As vezes a brisa mansa que refresca o dia quente
É a mesma brisa que se transforma em furacão
E a tempestade imprevista talvez seja
Apenas o interlúdio do arco íris colorido da estação

A solução talvez esteja
Em apenas deixar-se levar com a correnteza
Apreciar cada estação em sua beleza
E saber que cada dia é sempre um “novo”…

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