Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ramo de Flor



Acho que talvez fosse Maio
Não saberia nem ao menos me dizer o dia ao certo
Em que me descobri o que num dado inicio
Era apenas uma tarde em que soprava o vento

Acho que era Outono e talvez fizesse frio
Nas incertezas de horas que contam o inverso
Que naquele horizonte que jazia sombrio
Haveria uma luz a apaziguar o universo

Tantas fatos a se tornarem fictícios
Se mesclavam na tinta borrada pelo tempo
Lentamente levando-nos a beira de um precipício
Nos jogando de lados opostos, a cada um dando seus contratempos

A cada vez que me enlaçava, mais um devio
Olhando nos olhos, brilhando um sorriso sob a luz ao relento
Movimento convexos a guiar nesta dança, nesse pequeno desafio
Sonhando no sonho que se transformava em alento

A brancura do cetim a roçar a pele em um arrepio
O suave toque que fazia-se disperso
A testemunha muda a fitar do pátio
Nada que o tempo não transposse em reverso

Esmagam a dor de um silencio
Perduram no frio de palavras sem domínio
Em suas pétalas e em seu rebento
As melodias que fluem livre ao sabor do vento

Emolduram uma imagem perdida a tanto tempo
Bela, porém, sem um indicio
De um sentimento esquecido no calor do inverno
De um ramo de flor que marcou um sacrifio…

Nenhum comentário:

Postar um comentário