Não vou me despedaçar toda vez que me disser que não é
Ou que eu aparentar fragilidade
Querido você não descobriu ainda quem eu sou
Ou o que meu coração diz
Não irei virar aquela esquina
Só porque te encontrarei ali mais uma vez
Mas a virarei quando for preciso
Porque você não é mais o que pensei que fosse
Me olha nos olhos como se soubesse meus segredos
Me intimida com seu olhar como se pudesse ultrapassar
barreiras
Meu anjo elas não existem e eu não tenho medo da tua face
Porque apesar de não acreditar: eu não possuo mais segredo
algum
Minhas razoes se desfazem em quedas
Na razante que eu me joguei
Te vejo daqui
Mas o que eu vejo você não pode dizer
Talvez ela esteja em algum lugar por entre o arvoredo
E ela procurará a tua face correndo livre com os pés nus
sobre a terra
Sentindo a força que emana da natureza a sua volta
Será que você não a enxerga?
E então eu o vejo
Perdido numa trinca de espinhos
Você não sabe pra onde correr
Mas a vê e ela a você
Querido qual a dor há na tua face?
Ela parece dizer algo
Mas as palavras não chegam a você
Perdidas na canção do vento, elas quebram naquele instante
Eu vejo, sinto…
Mas não há coisas a se fazer
Tentando ajuntar os cacos
Eu vejo apenas: ela tentando arrancar os espinhos…
Eu quero descer e dizer
“Há coisas mais importantes
Não se complica o que é tão simples”
Mas no fundo sei que nada adiantaria
A brisa me abraça
Me descubro a olhar tua face ainda
O céu começa a escurecer
E você me sorri de maneira estranha
Querido eu continuo
Não há segredos
Não há mistérios
Há apenas coisas simples e que você não vê…
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