Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Enquanto a chuva cai




Enquanto o sono não vem eu escuto
Ouço a chuva que cai no telhado
Fazendo barulho com o sussurrar bravio do vendaval, e eu tento
Não pensar, não sonhar, não querer estar do seu lado…

E não é coisa para se pensar
Ainda é escuro lá fora
Enquanto o sol ainda não vem, a escuridão me impede de imaginar
De querer, de sonhar, e eu penso que talvez seja hora de mandar embora…

Sonhos que não me deixam sair, que não me impedem de amar,
Amores que vêem com a chuva no verão, e que continuam a devastar…
Alegrias bem vindas nesta estação, não mais iludem meu coração…
Talvez seja a hora de pesar, hora de pensar se a alegria vale viver a sonhar…

Ainda ouço o som das ondas a bater com a maré, arrastando as estrelas sob a areia da praia
Sentindo aquela vontade de correr rumo ao vento…
Ainda queria que o tempo pudesse voltar, que pudesse ser qual a maré que brinca com a areia,
Eu ainda sou aquela menina, ela ainda mora aqui dentro de mim, e ela ainda espera o seu tempo…

E eu não sou capaz de nesta noite não imaginar,
De não sonhar com o que não quero hoje sentir
Eu ainda sou a garota pelas areias, a brincar nas ondas do mar
E eu ainda espero que o mar, qual a maré que brinca a ondear, regresse o teu partir…

E no sonho que nos impede o despertar
Eu queria nesta noite apenas apreciar o medo que vem da escuridão
Não posso mais me impedir de sonhar
Tristemente encanta uma canção, saudosamente nos perdendo em recordação…

Eu ainda sou aquela menina a esperar
A esperar as ondas que brilham no oceano
Eu ainda espero o teu beijo sob a luz das estrelas e o luar
Eu ainda te amo pelo decorrer dos anos…

E quando a maré trouxer eu vou poder te encontrar…
No sorriso mais belo que corre comigo durante a tarde com o vento,
E seremos amigos, eternos amigos a sonhar…
Sonhar que ainda vamos nos encontrar, então esperaremos juntos o tempo…
O tempo que ainda resta a nos esperar,
E falta pouco, te ouço no sussurro do vento…
E então não volto mais a pensar, apenas ouvindo o vento e o tinlintar…
Da chuva que cai no telhado, e dos sonhos que não são apenas mero sonhar…

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Um segundo antes de amanhecer...




E quando nos tocamos tudo é tão certo
Qualquer coisa pode ser apenas isso
Quando fechamos os nossos olhos para o incerto
Tudo pode ser irreal ou mais que apenas um pouco disso…

As pálpebras se juntam como um leque a admirar uma miragem
Há apenas o silêncio de palavras que não precisam ser ditas
De olhos fechados, tudo se vê mesmo no escuro, uma cascata de imagens
Um mundo que não pode se descrever, e talvez mais do que aí imaginas…

E todos temos medo de apenas confiar
Feche os olhos, todos se dizem, e apenas sinta!
E me dês tuas mãos, eu estou contigo, quero apenas que neste momento eu mereça em ti confiar!
Me dê as suas mãos, feche os seus olhos, apenas nos sinta…

Ouvir as batidas do próprio coração
O som da respiração, o som daquilo que não podes impedir de acontecer
Sentir que não quero controle algum, tenho a ti e a nossa canção
O som do ritumbar do seu coração, o calor que vem da tua pele no nosso abraço, apenas um momento antes do amanhecer…

E são apenas segundos pra uma vida inteira
E eu não quero hoje pensar
Quero apenas te sentir, quero apenas viver dessa maneira
Apenas hoje confiar em ti, apenas crer que vale a pena apenas agora te amar…

Não pensemos no depois, os segundos nos correm das mãos…
Não queiramos mais nada exceto nos sentir,
Um momento antes do amanhecer somos um único coração
Não pensemos agora no que irá vir…

Quero sentir os teus braços a minha volta mesmo que apenas em um maluco sonho,
Não quero acordar ainda, ainda sinto falta de ti
Apenas me abrace apertado
Apenas um segundo, então ainda estaremos aqui..

E quando nos tocamos, quando nos sentimos, tudo é tão certo!
Eu ainda te amo, mesmo depois do amanhecer
E essa noite é tudo o que ainda temos, então não me solte do seu aperto…
Apenas sintamos, apenas um segundo antes do amanhecer…

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Feche os seus olhos...




Feche os seus olhos
Toque as minhas mãos
Embarquemos em nosso sonho!
Esqueçamos (mesmo que apenas sonhando) da nossa visão…

Lá fora a chuva se anuncia
E já não há lembranças que nos façam nos perder
Há apenas o que se desenha em frente, e que talvez prenuncie
Quando fechamos os olhos, então enfim, nossas almas começam a se conhecer…

Se perderem nas entrelinhas do mais melodioso silencio…
Encontrando tesouros guardados e que perdidos apenas estavam esquecidos…
No feitiço de um sorriso, na beleza daquilo que não deixa o seu vestígio
Perdido estava o mais valioso tesouro, que nos torna então mais do que meros conhecidos…

Nos marcam a alma, mais rapidamente que milhares de palavras de amor
Nos tocam o mais secreto jardim dentro de nós mesmos
E tudo são flores, e tudo se alegra em ditosa primavera, e nos embriaga em seu odor
E somos um, e somos dois, e não existimos e somos mais que nossa razão pode o dizer porque nos permitimos!

Nos permitimos sonhar, buscar, realizar e nos refazer!
Somos um ciclo e a roda gira e gira sem parar!
Os sonhos são aquilo que nos alimentam o próprio ser
Somos viajantes que pelo que sentem decidem sem medo na estação embarcar!

Quando os nossos olhos neste momento se fecharem
Será nossa alma que enfim tocaremos…
E a melodia suave nos tocarão sem de fato nos tocarem
E no nosso silêncio (solitário) nos fitaremos
E somos um, e não importa onde estejamos…

Apenas feche os olhos, meu amor e na escuridão
Não importam distâncias e qualquer (falta de) explicação
Ainda somos os mesmos e mesmo sendo cada um: um coração
Somos um só (neste e em qualquer instante) a entoarmos a mesma canção…
A mesma emoção e o mesmo (imutável) sentimento…

Somos o vento, a seu tempo, a ver o tempo e a nos encontrar com a força do seu rebento…

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Apenas palavras





Me diga o que você sente
É tudo o que agora eu quero saber
Me deixe conhecer um pouco do seu presente
Me convida a navegar no teu sentir, me deixarias hoje saber?

Às vezes é tão fácil
Feche os olhos e o me diga o que vês?
Perder o controle dos acontecimentos é difícil?
Então nesta noite apenas talvez…

Quero que perca o medo dos porquês
Me deixaria hoje eu te sentir?
Sentir que não temos nas mãos os controles
Que tudo é finito, então deixemos apenas nos limitarmos a existir…

E abrir o coração é tão complicado
Dizer o que pensamos as vezes é inaplicável
Quando se aplica a razão no que não existe racionalizado
Se perdem pessoas, se perdem momentos, te deixam vulnerável…

Me aperte bem apertado nos teus braços
É isso que você quer fazer?!
Me diga incansavelmente, não importa quanto eu te diga que não me importa, me diga que eu sou importante… Me faça sentir o seu abraço
Mesmo quando palavras forem tudo o que de fato eu puder ter…

Ando tão cansada e tão cheia de sentimentos
As vezes você me faz tão feliz…
Não se trata do tempo e sim do que fazemos
Cinco minutos, é tudo que eu preciso pra te dizer…

Eu estou aqui e eu quero que você saiba
Eu sinto sua falta, eu respiro mais lentamente quando estamos separados
E mesmo a milhas de distancia, elas são insuficientes pra me impedir de te amar…
Eu queria hoje poder te abraçar, mas as palavras são tudo o temos
Uma ténue linha que instiga o imaginário, te pergunto agora o que é real?
Neste momento me pergunto o quanto é difícil eu te dizer
Quero sentir o que sentes, mas palavras são tudo o que tens, são tudo que tens nas suas mãos…
Me deixe entrar no que não pode calcular…
É tão difícil ceder o controle?

Eu perdi os meus pés, pois eles só conhecem caminhos que levam a você…
Minhas mãos formigam por tornar real, mas palavras são mais do que possamos…
Minha mente me leva a qualquer hora a você
E palavras são tudo que meu coração e o seu ofertarmos…

Me deixaria hoje saber?
Me deixe saber, me faça sentir (e eu sei são apenas palavras, então me diga) o que sente…
Perder o controle, e o meu? Perder não é deixar talvez de ver…
Me deixe saber que eu sou importante…

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Momentos: meus pra você...




As palavras tem me parecido tão excassas
E neste momento não sei com qual delas ilustrar
Te contar um pedacinho do que sinto e das coisas
Que tentam meu coração a querer te amar…

Mas elas me fogem entre os dedos
Se escondem pelos fios do meu cabelo
Se encontram as vezes entre um sonho e o despertar
E as vezes e bem poucas vezes se encontram em nosso viajar…

E é tão simples dizer que você é inalcansável
Tão mais fácil sofrer por amor
É finito e trazido pelo desejo irrascivel
Que contam os versos uma angustia de dor…

Fácil dizer que te vejo a cada gota de chuva
Na dança do vento e durante a noite a observar aquela estrela a oeste
Dificil exprimir o que toca o coração com ternura
Que faz acordes e se tranformam em melodias emudecidas em cada célula e que toca a própria alma…

Que afaga com um simples gesto tudo o que eu sou
Arrastando sentidos em uma única carícia de ventania
Dificil tirar o sorriso do rosto, no qual se petrificou
Te mostrar como é simples e que eu jamais o mudaria
São nas coisas mais simples, nas coisinhas mais bobas, que meu coração se entregou…

É estranho e mesmo reconfortante hoje apenas, o viver…
As palavras me fogem agora
Perdidas talvez não queiram deixar-se mais ver
Encontradas em escassas horas,
Entalhadas em melodias que não mais se exprimem
Momentos que não posso explicar
E nem quero que compartilhem
São apenas momentos, apenas momentos: meus pra você…