Eu não sei porque ainda insisto
Por que eu simplesmente não consigo esquecer
E então enfim eu desisto
E me deixo mais uma vez por meros instantes fingir te ter
Eu ainda saio a noite porta a fora
Sentando no gramado da minha casa
Eu ainda olho teu céu e ele é o mesmo agora
Ainda me deixo envolver e viajar naquela musica
Fecho os olhos e teu rosto se desenha em meus pensamentos
Tua voz eu imagino a sussurrar com o vento
O calor do teu abraço à luz de seus firmamentos
O teu olhar a vislumbrar esta mesma estrela ao relento
A brisa me toca a pele e tudo o que eu quero
É que ela me carregue até o lugar
Onde eu sei que você está e me desespero
Por não poder te ter e contigo estar
Eu quase posso nesse momento te tocar
Sentir teu cheiro, tua voz, teu abraço
Mas sei que é hora de abrir meus olhos e a escuridão fitar
E deixar minha dor neste céu e em seu regaço
É triste imaginar a solidão
Tanta desesperança e descrença
Que nada se tem que se veja, se toque ou que se ilumine a frente qual clarão
Sem que possas comprovar que meu amor é mais que apenas fé
Sei que o céu me entende e não me leva a esperança
Que ele me vê por vezes caída e me dá coragem para me por em pé
Nada resta neste aqui
Senão minha cantiga por ti
Viajando na solidão deste céu.
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