Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

domingo, 28 de agosto de 2011

Palavras que nunca chegarão




Cartas que nunca vão chegar
Palavras que jamais sairão das paginas impressas em papel
Sentimentos que voam feitos flechas em pleno ar
A tomar forma no azul deste céu

Sentirei saudades a cada dia que começar
A cada fim de dia que tua face eu guardar por ultimo na memoria
Na dança dos ventos que me afagam com brandura a soprar
Na derrota saberei que nada merece forçar esta vitória

Me resta apenas abrir as mãos e sentir o vento
Abraçar-me num sorriso a observar este céu
Dançar na chuva e guardar meu sentimento

Pois nada na vida se perde para sempre
Tudo se aproveita, reaproveita e recicla em seu véu
E meu amor com o tempo será apenas livre…

Sem medos...



Meu querido
Espero que quando nos encontremos algum dia
Quando nossas mãos se juntarem neste tempo perdido
Este dia seja nublado, chuvoso e de ventania

Fitarei o céu a nossa volta
E ao teu encontro caminharei
Te olharei nos teus olhos plenamente absorta
Sem nada dizer do muito que te direi

Te abraçarei sem palavra alguma
Prendendo-te apertado em meus braços
Sentindo o calor enfim da tua alma

Traçarei tua face com meus dedos
Lentamente nos aproximando em um gritante silencio sem medos
Num leve roçar enfim nos encontraremos…

Céu




Este céu no silencio me fascina
Tingido de cinza e moldado na ventania
Me leva até onde amor está e me alucina
Me faz me perder em nossa fantasia

Criar personagens que possam eternizar
Nas paginas amareladas um amor que não existe
Sentir e então mostrar
Que o sentimento terno ao tempo resiste

Luta em vão contra todo o vento
Toda a morte que chega sem avisar
Resiste firme em nosso doce alento

E neste céu vazio e triste
Ele ainda teima em meu coração te amar
A com o tempo eternizar o que não pediste…

Meus olhos



Meus olhos te procuram entre a multidão
Por entre olhares a se perder na imaginação
De que tudo possamos nesta dimensão
De amar e alentar meu querido a mesma canção

Não te procuro pelas noites vazias mais
Sei que te esperas e que se perde no teu próprio mundo
Que constrói cercas em volta daqueles casais
Que fazem tudo e que te levam pensar a fundo

Viver parece tão simples se deixar os medos para trás
Se aprender que machucar é apenas aprendizado
Que cicatrizes o tempo cura e te tornam forte ao olhar lá atrás

Se render muitas vezes é o que basta para viver
Um grande amor eternizado neste céu estrelado
Então meu amor sabes que basta apenas as dizer…

Tempo de mim...




Acredito que já não se possa
Apagar as coisas que dizemos
Perdidos então voltar e assim se faça
Recomeçar do zero o que ainda vivemos

Não se voltam eu gosto de você
Não se apagam amigos por dizer amigo
Se mesclam no tempo a sua mercê
Espera-se as consequências que jazeram contigo

Dizer as palavras qualquer pessoa as pode dizer
Cantar amores qualquer outra pode entoar
Difícil é mostrar com o mais simples fazer
Pedaços de si mesmo que escapam sem se doar

Talvez o amor seja apenas isso
O desprender de palavras ao sabor do vento
Que vão sem consentimento e que falam disso
Que acabam em olhares para a lua ao relento

Quando se conquista sentimentos
Deve-se aprender a cuidar e cultivar
Saber que uma lágrima e um sorriso são mais intensos
Mas que se curam com o tempo que insiste em ventar

O tempo te mostra o que é verdadeiro
Que eu ainda sinto aqui o mesmo
Sentimento da minha alma que jaze a beira do despenhadeiro
Meu gostar que vaga a esmo

Ainda resta ao fim esta esperança
Que nada consegue matar em mim
Vivendo a cada dia esperando que a tempestade finde em bonança
Me deixo esperar assim…

sábado, 27 de agosto de 2011

Apenas olhe




Ainda deixo meus olhos tentarem
Em lugar algum tentar te ver
Me perco em palavras que nada valem
Na esperança de que elas alcancem o teu ser

As vezes só basta olhar a teu lado
Saber que no vazio as coisas podem estar
Escondidas sobre o pano, num papel de recado
Se encontra a receita que te faz se entregar

Jogar versos para o ar
Sentado na varanda com um sorriso bobo ao luar
Sentindo em cada fibra o desejo de viajar

Então vá alce seu voo rumo ao infinito
Não temas nada te aflige querido
Voo ao encontro da tua alma, apenas a abrace e eu estarei junto…

Anjos




Ele tem a faceta bonita
Asas compridas
O dom de alçar voos longiquos
E de tocar com os pés o chão que a pouco se privou

Este tem apenas a fala
O toque não real
Que faz tudo ao seu redor transformar
Recriar, rememorar vida

Um ganha pelo riso fácil
Pela compleitude infinita
Pelos momentos finitos
Pela alegria do viver

Outro se mostra apenas por fora
Ele talvez espera hora
Do se entregar por inteiro
Do esperar verdadeiro do fundo do ser

Um diz que o dia é curto
Que o relógio conta contra ti
Outro que esperes a hora
Não te impacientes nem precipites o que for ser

São suas asas bonitas
Seu olhar de magia
Ou sua aparência ignóbil
Que eu deveria escolher?

Ao luar




Menino me canta
Sou tua ao luar
Menino me encanta
Estou começando a sonhar…

Oh menino então venha
Saiamos a ver a lua
Menino não se contenha
Apenas observemos de nossa rua

Menino o que dizes?
Consegues me escutar?
Onde estrelas brilham em suas luzes
Embarque comigo a viajar!

Olharemos cada ponto do céu
A tocar com a alma seus segredos
Deixemos nos perder em seu véu
Apenas deixe que sintamos

Em segundos que duram mais que o inexistir
Por cada pedaço que divague a imaginação
Sejamos em nossos coexistir
Pedaços de momentos e recordações…

E mesmo quando voltar
A pisar no mesmo chão
Sintamos o que diz o embarcar
Não nos prendamos em nossa emoção…

Em meus sonhos




Amor, doce amor…
Faz me em delírios me perder
Me envolva em teus braços e em teu calor
Navegue em mim oh meu querer!

Amor que chega durante meus sonhos!
Que me enleva a cada amanhecer
Me embala em versos
Me trague a cada adormecer

Amor finito e sem reservas
Que jaze em cada centímetro de minha pele
Que enlouquece-me em esperas

Que me leva e traz alentos nele
Que me busca na noite em suas esferas
Que me me lança no vazio dele!

O céu lá fora




Eu não sei porque ainda insisto
Por que eu simplesmente não consigo esquecer
E então enfim eu desisto
E me deixo mais uma vez por meros instantes fingir te ter

Eu ainda saio a noite porta a fora
Sentando no gramado da minha casa
Eu ainda olho teu céu e ele é o mesmo agora
Ainda me deixo envolver e viajar naquela musica

Fecho os olhos e teu rosto se desenha em meus pensamentos
Tua voz eu imagino a sussurrar com o vento
O calor do teu abraço à luz de seus firmamentos
O teu olhar a vislumbrar esta mesma estrela ao relento

A brisa me toca a pele e tudo o que eu quero
É que ela me carregue até o lugar
Onde eu sei que você está e me desespero
Por não poder te ter e contigo estar

Eu quase posso nesse momento te tocar
Sentir teu cheiro, tua voz, teu abraço
Mas sei que é hora de abrir meus olhos e a escuridão fitar
E deixar minha dor neste céu e em seu regaço

É triste imaginar a solidão
Tanta desesperança e descrença
Que nada se tem que se veja, se toque ou que se ilumine a frente qual clarão
Sem que possas comprovar que meu amor é mais que apenas fé

Sei que o céu me entende e não me leva a esperança
Que ele me vê por vezes caída e me dá coragem para me por em pé
Nada resta neste aqui
Senão minha cantiga por ti
Viajando na solidão deste céu.

Uma unica voz




Uma única voz
Que grita e se irrita
Uma única voz
Que encanta e agita

É azul o seu sorriso
É amarelo quando anda
Cabe numa mão e esbranquiça
Remeche e meche quando ele anda

E quando ele para
O mundo que gira se estagna
A voz que ressoa se cala
O seu olhar sobre ela se para

Dois, três, um, para!
E olha e se cala
Um, um, dois, Vira!
E olha e se cala
E vai e se amarra!

O olhar desafia
Me questione se te atina
Me olhe de baixo
És mero rato!

E balança a mão
E explode e se mistura
Cheira e bebe razão
Nas suas taças que jorram doçura!

Dois, um, dois e ele se estagna
Um, três e ele fala
Três, quatro será que não se cala?!
Quatro, cinco, um, onde é mesmo a minha sala?!

Seis… Eu corro pra longe daquilo
Não conto mais eu preciso respirar
Me escondo e termino no que era antes naquilo
E que agora embebeda o ar!