Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

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sábado, 17 de dezembro de 2011

Saudades do outono




Sinto tanto a sua falta
E é como se de repente sumisse todo o ar
Como quando estou com você dessa nossa estranha forma
Eu perco a cabeça e eu nem sei mais onde me encontro

Sinto saudades do Outono
Do farfalhar das folhas pelo vento
Do dia em que me dava conta do tempo
Que rasgou as folhas e me levou em seu rebento

Era um dia sem nuvens no céu
Calmo e abafadiço e você estava lá
Vendo os rabiscos que fazia sobre a areia
Rabiscos que o vento a muito já apagou

Não precisei olhar nos teus olhos para saber
Não toquei tua pele pra que se imprimisse em mim
Ou tão pouco foram os teus lábios a me enfeitiçarem
Foram apenas as palavras que escrevestes que me arrebataram em um milésimo de segundo

Como se eu pudesse te enchergar a alma
Meu coração se entregou
E eu não sei se existem mesmo os para sempre
Mas ainda assim te amo como se fosse ontem…

Nunca vi teu rosto ou tua voz
Mas elas já fazem parte de mim
Meu bem consegue sentir o quanto eu te esperei
E o quanto eu posso esperar?

Não é apenas a paixão a me cegar os olhos
Não há paixão que não destrua o coração
E eu seria capaz de esperar pela eternidade
Mesmo que você não seja capaz de ver…

Eu sinto sua falta como se tivesse faltando algo
Algo que se desprendeu de mim e que vive agora em você
E eu não sei se isso é infinitamente
Mas eu sei que eu ainda amarei você…

A cada sopro de vento
A cada Outono que se passar
A cada chuva que minha face tocar
Nas melodias infindas e nas minhas letras imprecisas
Eu ainda te amo por toda uma vida….

E eu não sei se és capaz de ver
E eu não sei se me esperarias pelo tempo
Então paremos o tempo pois ele não existe
Não enquanto meu coração amar você…

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Escolha...





Eu pego uma estrada qualquer
Nos ombros minha mochila encardida
Pendurada com meus sonhos e sentimentos
Andando a esmo estrada a fora…

Eu ainda me lembro de quando
Era sempre eu a ir atrás, a me importar
Eu me lembro de quantas lágrimas um dia eu derramei
Eu me esqueço de cada coisa que hoje não me importa mais

Cada passo é uma ferida aberta que vai cicatrizando
A cada sopro de vento é o meu coração quem canta
A melodia mais linda que um dia eu poderia imaginar
É apenas minha alma que hoje se liberta

E ao olhar para trás eu não vou ter medo
Porque eu ainda posso dizer adeus e retornar
Porque não estou deixando o passado
Estou apenas andando rumo ao meu presente

O tempo me mostra o que fez ao que hoje eu me tornei
Não posso esquecer coisas que adentram o meu coração
Não vou esquecer o que eu sinto
Mas eu não tenho ataduras, exceto as que quiser me dar…

Então eu sorrirei para o tempo que se fechar
Tirarei minhas sandálias dos pés e caminharei
Te encontrarei no fim daquela curva?
Será que você saberá encontrar os caminhos em que meu coração decidiu caminhar?

Não posso te estender as mãos, nunca mais estendêrei-las
Eu já não te dei o meu coração?

São apenas gotas a molhar a minha face
E eu sorrirei para o céu anuviado e tempestuoso
Eu te guardarei por toda uma vida
Mas eu vou apenas continuar…

Estou tão perto e mesmo assim tão longe…
Pro meu coração as distâncias já não existem…
Porém sou apenas eu a andar estrada afora
Apenas me diga que quer caminhar comigo…

Você quer?
O que faria pelo que eu te ofereço hoje?
Oh, me encontre no fim dessa estrada se sabe a resposta…
Apenas me encontre: no fim dessa estrada…