Simplesmente lindo, como a mais bela amizade

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Caminhos



Queria poder te dizer
Que vale a pena tentar
Que perigoso é perder
Infinito é doar...

Quisera as vezes
Não me perder
Por caminhos ferozes
Apenas me deixar ver...

Por estradas andei a esmo
Por caminhos a muito perdidos
Por pedaços de história desconhecido
Aprendi o que faz os destinos...

Entrelaçam-se sem pedir permissão
Se deixam levar na maré branda
Olhando o azul da imensidão
Se pegam as nuvéns com as mãos...

As vezes precisa-se deparar com o medo
Conhecer a dor
Desbravar veredas de rancor
Apenas se esconder...

Se deixar levar
Se ver perder
Admitir que o medo é apenas o caminho desconhecido
Que preserva a nós mesmos...

Que no fim daquele túnel o que nos espera
Pode ser a escuridão
Mas como descobrir então
Se decidiu não o atravessar?

Se deixe levar
Se perca em vazio
Ou veja o que faltas de decisões mostram
Na velhice ao seu pobre coração...

Pela Madrugada...



Sou o vento que te desperta em meio a madrugada
O suspiro agoniante que nasce de dentro do peito
Sou a brisa úmida que entra sem ser convidada
A melodia que entoa em algum lugar lá fora

Sou o que te faz levantar-se do seu repouso
A vontade maluca de sair e abrir sua janela
É a mim que procuras no céu tempestuoso
O meu chamado que escutas na escuridão

Sinta meu abraço na chuva que começa a cair
Nas gotas de chuva
Nelas me veja, transparente e cristalina
São elas que trazem calmaria à noite quente

Sou aquilo que negas incessantemente
Sou a sua vontade reprimida
Sou o medo que assola o desconhecido
Sou apenas a ventania que assola sua mente

Sou a lua na noite vazia
A luz solitária e sem vida a brilhar solitária
Sou o frio que invade a madrugada
Sou a viva lembrança que te leva a desejar

Na noite escura sou o teu sonhar
Em meio ao vazio da escuridão
Sou o que te leva a ansiar
A se perder em meio a multidão

Olhe pra cima…
Sou o cintilar do céu acima de ti
A brisa repentina na noite estrelada
O pensar solitário em ti

Querer



Não quero este sentir
Odeio-o profundamente
Aquilo que me faz ao céu subir
E meus pés tocar levemente

Maldigo esta gana indesejada
O sentimento do querer que esmorece
O sentido de viver a mágica imaginada
O som da canção que enternece

Queria poder te esmagar
Destruir cada célula então infectada
Desse jeito talvez a matar
Cada fibra de meu coração maculada

Pisar, fazer cacos
De coisas vazias e sem sentido
De momentos na minha mente imaginados
Emoções que me inundam sem motivo

E mesmo em meio ao indesejado
Me perco em labirintos sem fim
Transportando-me sem ao menos ser levado
Me deixo perder assim

Quero rasgar cada cor
Quebrar cada som que chega aqui
Esmagar com os dedos esta dor
Leva-la para longe daqui

Me engula então a solidão
Afaste-se de mim o vazio
O desejo de querer a imensidão
A dor de viver este dilema

O ódio de por ti ir
A amargura por ter que negar
A ventura do destino ao partir
A compleitude infinita do amar…